Apenas 20% da população brasileira tem algum tipo de seguro de vida. Em um cenário de aumento da longevidade no País, fica claro o potencial de crescimento do setor. A modalidade seguro de vida tem a maior carteira do mercado de seguros de pessoas e, até agosto deste ano, registrou aumento de 8,5% no volume de contratações. Os prêmios totalizaram R$ 9,7 bilhões, informa a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Foi com foco nesse crescimento que o Estadão Melhores Serviços, em 2018, passou a considerar a categoria.
Inaugurando o topo do ranking, está o Zurich Santander, joint venture dos Grupos Zurich, tradicional no setor segurador, e Santander, do financeiro. Na avaliação de Alfredo Lalia Neto, presidente da companhia, o que destaca a operação é o propósito de confortar quem se invalida ou perde um ente familiar. A comunicação é feita de forma lúdica e sai do tom regulatório e tradicional das corretoras. Lalia Neto ressalta ainda que existe proatividade da operação, pois, quando um sinistro é registrado, a empresa entra em contato para explicar o processo, a documentação e os prazos necessários. “Ligamos até para lembrar que a entrega precisa ser feita, caso haja atraso”, diz o presidente. Os produtos são desenvolvidos com base em técnicas do design thinking, que facilitam a criação e os testes de usabilidade e aceitação.
Já a operação de Seguro de Vida do Itaú Unibanco oferece aos beneficiários serviços que podem ser usados ao longo dos anos. Por exemplo, descontos em farmácia ou avaliação clínica preventiva, que ajuda o beneficiário a acompanhar como está a sua saúde. “Nossos produtos acompanham as mudanças da sociedade e estão adequados às necessidades de cada fase da vida do segurado”, afirma Luiz Fernando Butori, diretor do Itaú Unibanco. O aprimoramento ou a inovação de produtos considera pesquisas com potenciais clientes a fim de entender as necessidades e em quais características eles veem valor. Toda a operação está integrada à estrutura do banco. Segundo o presidente da operação vice-líder, “isso é pensado como forma de estreitar o relacionamento, objetivando transparência e centralidade do cliente”.
Jorge Pohlmann Nasser, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, observa que o próprio aumento da longevidade no País fez crescer a demanda por coberturas que podem ser acionadas ainda em vida em casos de doenças graves e invalidez temporária ou não. Para isso, no final de 2017, foi lançado o Seguro Mais Bradesco, que cobre até perda de renda. “Nossas soluções são ajustadas de forma flexível”, afirma Nasser. A partir de 2019, cada cliente poderá configurar produtos de acordo com a necessidade, e poderá modificá-lo pela inserção ou exclusão de coberturas, e também elevação ou redução de capitais. Nesse produto, corretores e clientes terão o auxílio de simuladores para certificar a solução mais adequada.