O ano de 2016 não foi nada bom para o mercado brasileiro de vestuário. A indústria nacional registrou queda de 600 milhões de peças em suas vendas – 10,7% menos que em 2015, quando foram vendidos 6,7 bilhões de peças no País, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). De todo modo, as previsões da entidade dão conta de um crescimento de 4,8% nos investimentos neste ano, resultando em um aumento de 1% na produção.
Em tempos difíceis, o importante é atrair e reter clientes da melhor forma possível. No setor, o ranking Estadão Melhores Serviços apontou a Forever 21, a Hering e a Camisaria Colombo como as preferidas dos consumidores. No Brasil há três anos, a rede Forever 21 teve de fazer algumas adaptações para se consolidar no mercado nacional. Os preços, por exemplo, são um pouco mais altos do que os praticados nos Estados Unidos e as 31 lojas estão instaladas em pontos escolhidos com cuidado, geralmente chamativos, como lá fora. O conceito foi bem aceito pelo consumidor brasileiro, que lota cada unidade inaugurada pela rede e a estimula a continuar a expansão: a Forever 21 já anunciou, para março do ano que vem, a abertura de uma loja em Campo Grande (MS).
Chegar ao maior número de clientes possível também é a estratégia da Hering, que soma 137 anos de mercado e cerca de 640 franquias espalhadas pelo Brasil. O diretor de marcas da Cia. Hering, Edson Amaro, lembra que a moda oferecida pela empresa é democrática e que, por isso, as lojas foram pensadas para atender todos os perfis de consumidores. “Acreditamos que podemos vestir todas as pessoas, entregando identidade, expressão e pertencimento unidos à qualidade”, diz, lembrando que essa história começou com as primeiras camisetas produzidas pela empresa.
Com 100 anos de atuação no Brasil completados neste ano, a Camisaria Colombo aposta no contato direto com os consumidores e na relação de credibilidade estabelecida com eles para se manter entre as melhores. O diretor-comercial da rede, Álvaro Jabur Maluf, afirma que a marca hoje tem total sinergia com seu público. “Nossa equipe de vendas entende e fala a mesma língua do cliente, despertando a sensação de acolhimento”, diz o executivo. E é nesse contato que a empresa deve continuar investindo, principalmente por meio da preparação de sua equipe de vendas, seja com treinamentos específicos, seja com a realização de programas direcionados ao atendimento e à manutenção da excelência.