Bikes e patinetes geram mais de 30 milhões de viagens por ano
Mobilidade urbana é o tema que vem se tornando questão central para os brasileiros que vivem nas grandes cidades. Novas formas de transporte em veículos menores, mais rápidos e não poluentes, e suficientemente ágeis para escapar dos congestionamentos, apontam para o uso inteligente de bicicletas e patinetes – ainda mais com a facilidade de acessar tais alternativas facilmente, a baixo custo e diretamente pelo smartphone.
Bikes e patinetes compartilhados são responsáveis por mais de 30 milhões de viagens por ano na América Latina. Um dos destaques do ranking Estadão Melhores Serviços na categoria dos aplicativos de bikes e patinetes compartilhados, a Tembici é a empresa responsável pela operação de todos os sistemas de bicicletas compartilhadas com patrocínio do Itaú Unibanco, em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Grande Recife, Santiago, no Chile, e Buenos Aires, na Argentina, via app Bike do Itaú. Suas magrelas laranjinhas já viraram referência em muitos bairros paulistanos.
Em São Paulo, a empresa registra mais de 70% dos deslocamentos em um raio inferior a 8 km, a chamada micromobilidade, dado representativo do novo universo de repensar os modais de transporte e transformar de vez a bicicleta como modal diário, mudando a relação das pessoas com o trânsito da cidade.
Para atender à demanda, ao longo dos últimos anos, a Tembici/app Bike do Itaú vem investindo forte em tecnologia e também na qualidade das bikes para assegurar melhor experiência para os usuários, sempre apoiada em um dado importante de suas pesquisas: em seus trajetos, 86% dos ciclistas raramente, nunca ou apenas às vezes se sentem irritados. Isso sugere o impacto positivo do hábito de pedalar em suas rotinas e um grande campo para crescimento desse tipo de serviço
“Investimos na melhoria do cadastro e do login, na conexão com todas as estações do sistema, além de facilitar e ampliar a rede de pagamentos. Além disso, ampliamos o desenvolvimento de novas features, o que otimizou a utilização do serviço e o acompanhamento das corridas”
diz Loren Monteiro, chefe de Produtos da empresa (CPO) da Tembici/app Bike do Itaú.
Utilizar a inteligência para melhorar a experiência do consumidor é outra das linhas de trabalho da empresa, de acordo com a executiva. “Identificamos e medimos cada etapa na jornada do consumidor e atuamos em cima disso com inteligência tecnológica capaz de classificar, por meio de um estudo aprofundado, o que está acontecendo em cada estação, para assim executar o remanejamento das bikes nos horários de pico.”
Além disso, a oferta foi ampliada com a formatação de alguns planos recorrentes e com possibilidades de duração e fidelização, de acordo com a necessidade de cada usuário: plano mensal, semestral e anual (além do diário).
Os apps de compartilhamento de patinetes também ganharam bastante força no último ano dentro dessa nova lógica do transporte, e dois destaques apareceram no ranking Estadão Melhores Serviços: a brasileira Yellow e a mexicana Grin, que em janeiro se fundiram na Grow. A nova companhia não só manteve o serviço de patinetes, mas também passou a investir em bicicletas, expandindo-as para regiões mais afastadas do centro das grandes capitais. Marcelo Loureiro, vice-presidente da Grow no Brasil, aponta que usar alta tecnologia para aprimorar a disponibilidade dos equipamentos e a aproximação com os usuários é uma das linhas mestras do planejamento do grupo.
“A principal inovação da Grow foi a introdução em larga escala de um modal de transporte até então inédito nas principais capitais do País. Os patinetes compartilhados da Grow são uma solução inteligente e acessível para a mobilidade urbana: não poluem, são silenciosos, ocupam menos espaço do que carros e motos e são fáceis de guiar, além de transformarem o deslocamento em um momento de lazer e interação com a cidade”, diz o executivo
Em maio, como primeiro desdobramento do esforço para levar o serviço a comunidades periféricas, a empresa anunciou a chegada do serviço de bicicletas à região do Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Em novembro, foi a vez da região da Grande São Pedro, em Vitória, e nossa proposta é seguir oferecendo o serviço para pessoas de diferentes áreas das cidades. Nesses e outros locais, a carteira virtual que serve para o pagamento do aluguel dos equipamentos pode ser carregada em estabelecimentos comerciais com dinheiro, facilitando o acesso de desbancarizados à micromobilidade e incentivando a economia local.
“A Grow também tem investido em programas de educação e segurança dos usuários. Duas das iniciativas: a distribuição de mais de 6 mil capacetes no Brasil e a realização de projetos como o Cidade Segura, eventos em locais públicos de grande movimento nas diferentes cidades onde opera, para ensinar às pessoas as regras de utilização e dicas de condução de patinetes com segurança”, explica o executivo. Dessas iniciativas sociais, faz parte ainda o recrutamento de egressos do sistema prisional, moradores de áreas periféricas e pessoas “desacreditadas” pelo mercado de trabalho, como imigrantes e refugiados.
Para o ano que vem, a empresa planeja ainda maior expansão: a Grow vai instalar no Brasil, na Zona Franca de Manaus, a primeira fábrica de patinetes e bicicletas elétricas da América Latina, investindo cerca de R$ 25 milhões em infraestrutura e custos de operação, contratação de 100 funcionários (e mais 500 empregos indiretos), para produzir 100 mil veículos por ano.