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O legado da pandemia na pesquisa científica brasileira

EMS, o maior laboratório farmacêutico do Brasil, apoia os estudos clínicos da Coalizão Covid-19 com pacientes diagnosticados com a doença

O legado da pandemia na pesquisa científica brasileira

O esforço global para buscar tratamentos eficazes para os pacientes com covid-19 e a vacina para evitar a contaminação pelo coronavírus recolocou a ciência em seu merecido papel de protagonista. Pesquisadores de todo o mundo têm buscado soluções para a pior crise sanitária deste século, que já causou mais de 960 mil mortes e prejudicou a economia de inúmeros países, afastou trabalhadores de suas funções e crianças e adolescentes das escolas.

A comunidade científica brasileira se mostrou à altura do desafio e firmou, à luz do aparecimento do primeiro caso de coronavírus em território nacional, a Coalizão Covid-19 Brasil, uma parceria da qual fazem parte médicos e pesquisadores de renomados hospitais brasileiros (Israelita Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa de São Paulo) e de importantes institutos de pesquisa, como o Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e a Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet), com o apoio da EMS, o maior laboratório farmacêutico do País, para pesquisar protocolos de tratamento para o coronavírus. “É um grupo multidisciplinar formado por instituições de excelência de pesquisa no Brasil, que uniram forças. Não tinha sentido a gente competir”, explicou Otávio Berwanger, médico diretor da Academic Research Organization do Hospital Israelita Albert Einstein em uma live na TV Estadão. (Assista à íntegra.)

A pandemia trouxe necessidades inéditas e urgentes e acelerou inevitavelmente os processos, e a Coalização Covid-19 rapidamente teve autorização para iniciar seus trabalhos, explicou Roberto Amazonas, diretor médico-científico da EMS. “A gente conseguiu a aprovação para realizar estudos clínicos junto ao comitê de ética em menos de 48 horas e à agência reguladora em cerca de três dias. Estamos buscando um tratamento eficaz, mas a segurança do paciente o tempo inteiro foi prioridade da EMS e do grupo Coalizão”, destacou. Para Amazonas, a celeridade nos processos de autorização para pesquisa é um dos legados dessa pandemia, e um aprendizado que veio e precisa ficar. “Em menos de 15 dias, a gente tinha escrito o protocolo, passado por todas as aprovações, iniciado o estudo. Em menos de quatro meses, a pesquisa estava finalizada, e isso foi decisivo para a publicação rápida dos seus resultados”, completou. Na primeira fase do projeto, batizado de Coalizão 1, foram estudados os efeitos da hidroxicloroquina, isolada e em associação à azitromicina, em pacientes hospitalizados com quadros leves ou moderados de covid-19. Na segunda fase, foram observados os efeitos desses medicamentos em pacientes graves. Os cientistas brasileiros, nesta que é considerada a maior investigação no Brasil a respeito de tais medicações e da sua eficácia e segurança no combate ao novo coronavírus, demostraram que nenhuma das substâncias ajudou na melhora dos pacientes internados com a doença, e esses resultados foram publicados em três dos mais importantes periódicos médicos internacionais: The New England Journal of Medicine, The Lancet e JAMA. “Um resultado que não demonstra eficácia é tão importante quanto um que demonstra a eficácia para um determinado medicamento”, explicou Glaucius Oliva, presidente do Conselho Científico da EMS, professor titular sênior do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e ex-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Você tem uma legião de médicos no País e no exterior cuidando de seus pacientes e que precisam tomar decisões sobre o que fazer com eles. E é fundamental que essas decisões sejam baseadas em evidências, e a melhor medicina que se pratica é a baseada em evidências científicas”, completou.

Os médicos concordam que a pandemia abriu espaço para que os pesquisadores brasileiros mostrassem seu valor e se posicionassem no contexto mundial. “Classicamente, o Brasil participa de pesquisas sempre como coadjuvante, colocando alguns pacientes, sem liderança científica. E, nesse caso, fizemos o contrário. Nós juntamos forças, de forma igualitária, e publicamos antes dos americanos, dos ingleses, dos chineses, mostrando que o Brasil pode ter o papel de protagonista”, destacou Otávio Berwanger. Já Roberto Amazonas apontou a importância dos resultados obtidos pela Coalizão Covid-19 para a EMS, que, com muita seriedade e responsabilidade, patrocina os estudos clínicos, posicionando-a também num cenário global de saúde e reforçando o seu papel social em um momento tão desafiador para a indústria farmacêutica. “A questão da inovação é um pilar estratégico da EMS hoje. A gente busca, agora, competir com players internacionais nessa nova fase da companhia”, revelou.

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