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Entrevista – A meta é ter 50% de liderança feminina até o fim de 2020

Milena Buosi, gerente de Diversidade e Inclusão da Natura, que está entre as dez empresas de capital aberto mais diversas e inclusivas do mundo.

Entrevista – A meta é ter 50% de liderança feminina até o fim de 2020

Seis em dez funcionários da Natura Brasil são mulheres. Mas a empresa quer garantir que até o fim de 2020 elas estejam em pelo menos metade dos cargos de alta liderança. O grupo Natura&Co, formado por Avon, The Body Shop e Aesop, também já estipulou metas de diversidade para os próximos dez anos. A empresa é a única brasileira no ranking mundial de diversidade Refinitiv, que aponta as 100 companhias e capital aberto mais diversas e inclusivas do mundo: em 2019, ela subiu sete posições e ficou em 4º lugar, a única do setor de cosméticos entre as dez primeiras colocadas.

QUANDO A DIVERSIDADE ENTROU EM PAUTA NA NATURA?

MB – Na década de 80, a Natura já contratava pessoas com deficiência, muito antes de se tornar uma exigência legal. Quando a sede de Cajamar foi construída e inaugurada, no início dos anos 2000, também já foi concebida para ser acessível e para que a gente pudesse dar continuidade a um projeto superbacana, o berçário, um benefício disponível até hoje para quem tem crianças de até 3 anos. A gente precisava trazer a maternidade para dentro da empresa para que as mulheres desenvolvessem suas carreiras. Um benefício que já olhava para gênero.

E QUANTAS MULHERES TRABALHAM HOJE NA EMPRESA?
MB – A Natura tem, no total, 62% de mulheres no quadro de funcionários. E a gente tem uma meta pública, um compromisso que é parte da visão de sustentabilidade da Natura, de chegar a 50% de mulheres em posição de liderança ainda este ano. Em posições gerenciais, a gente já tem mais de 50% há algum tempo.

E COLABORADORES COM DEFICIÊNCIA, NEGROS E LGBTQI+?
MB – Temos um compromisso de chegar este ano a 8% de pessoas com deficiência no quadro de colaboradores e atualmente estamos em 7,2%. Em relação aos colaboradores negros, a gente segue os mesmos critérios do IBGE. As pessoas que se declaram pardas e pretas são 32% do total da Natura. E os dados de população LGBTQI+ a gente não tem ainda, já previmos um estudo para obter esses dados de forma organizada. Existem aspectos trabalhistas de como abordar pessoas para saber sua identidade sexual e de gênero. É um ponto que a gente tem que cuidar.

O GRUPO NATURA&CO, FORMADO POR AVON, THE BODY SHOP E AESOP, APRESENTOU SUAS METAS DE SUSTENTABILIDADE E DE DIVERSIDADE PARA OS PRÓXIMOS DEZ ANOS. QUAIS SÃO ELAS?
MB – É o direcionamento para todas as empresas do grupo, para todos os países e operações que a gente tem no mundo todo até 2030. Ele direciona os compromissos socioambientais da Natura como um todo e, no que diz respeito a diversidade e inclusão, principalmente questões de gênero e equiparação. Não basta você ter as pessoas nas posições, você tem que garantir que elas tenham as mesmas condições, os mesmos benefícios, os mesmos salários. O documento fala também sobre as mulheres na liderança, que é algo que a gente já vinha trabalhando, mas agora expande para todas as empresas do grupo, em todos os países.

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