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Brasileiro renuncia à assinatura paga em prol de acesso digital gratuito com Propaganda

Segundo estudo do IAB, 62% aceitam anúncios digitais com alguma personalização e só 12% não desejam nenhum tipo de propaganda Por Igor Ribeiro – editada por Mariana Collini em 24/12/2024

Brasileiro renuncia à assinatura paga em prol de acesso digital gratuito com Propaganda

Segundo estudo do IAB, 62% aceitam anúncios digitais com alguma personalização e só 12% não desejam nenhum tipo de propaganda

Por Igor Ribeiro – editada por Mariana Collini em 24/12/2024

Sete em cada dez brasileiros mudariam seus hábitos digitais caso tivesse que pagar mais por eles. Um número que variou pouco entre 2022 e 2023, mas que cresceu 13% na comparação com o ano passado, segundo estudo do Interactive Advertising Bureau (IAB) do Brasil. Hoje, num contexto em que 54% dos brasileiros reconhecem temas como privacidade de dados, cerca de 62% aceitam algum nível de personalização na publicidade digital, sejam de marcas nas quais confia (16%), relacionados a produtos ou serviços de interesse (21%) ou baseados em temas que pesquisa no momento (25%).

Estes são alguns dos dados do relatório “Como seria a internet sem anúncios?”, que o IAB Brasil produz em parceria com a plataforma de pesquisas online Offerwise. Entre os principais destaques que os números revelam, está o fato de o brasileiro ainda preferir, em sua maioria, acessar conteúdos e serviços gratuitamente em troca de ver algum formato de anúncio, desde que mantenha certo controle sobre os tipos de publicidade aceitáveis.

A relevância do consumo digital parece ter caído levemente neste ano: de três a 11 pontos percentuais, dependendo da categoria. “A predisposição do usuário a pagar por conteúdos de qualidade e com preço acessível aumentou”, afirma Denise Porto Hruby, CEO do IAB Brasil. “Com livre acesso a todo tipo de informação, é normal que o consumidor se torne mais exigente e entenda, até mesmo pelo comportamento de diversos serviços e aplicativos que oferecem experiências pagas ‘premium’, por exemplo, que há casos em que vale a pena, sim, pagar por eles”, acrescenta.

O estudo indica uma queda significativa de pessoas predispostas a pagar, mesmo que seja um valor baixo, por aplicativos ou serviços online que antes tinham de graça. Foram 68% na edição 2024 contra 60% no ano passado – esses índices mostram que há uma maior recusa por essa mudança nas classes D/E. Caso fossem cobrados por serviços e conteúdos acostumados a ter de graça, apenas 19% afirmam que pagariam e seguiriam usando da mesma forma; 6% pagariam e usariam um pouco mais; e 7% colocariam a mão no bolso e usariam muito mais. Essa disposição em investir em algo que antes era oferecido gratuitamente vem caindo desde 2022. O custo-benefício é, portanto, mais importante que nunca.

“Os anúncios digitais são considerados relevantes para além da jornada de consumo: os próprios usuários entendem, cada vez mais, que eles contribuem para a democratização no acesso a conteúdos e serviços da internet”, analisa Hruby. Além do conteúdo de qualidade e do nível de personalização da publicidade, outro fator que importa cada vez mais ao brasileiro é sua privacidade.

São variáveis de equilíbrio complexo dentro da construção de estratégias de marketing digital, mas que devem ser cada vez mais consideradas pelos profissionais da área. Para a CEO do IAB Brasil, ficou “evidente entre os respondentes que, quanto mais confiança o usuário tiver no site ou no app e quanto maior o acesso à informação, maior será a sua disposição no compartilhamento de seus dados.”

A pesquisa contou com 1500 respondentes de todas as regiões, idades e níveis sócioeconômicos. Para entender melhor algumas dessas faixas demográficas, fez recortes geracionais e sociais, entre outros.

Foto: Divulgação

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