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Inovação transversal

Empresas se unem em hubs para resolver as dores do agronegócio e desenvolver soluções inovadoras, a aposta da vez são os produtos biológicos

Por Corteva Agriscience; Estadão Blue Studio

Dentro da visão moderna do agronegócio, o consenso é total. Ao olhar para frente, os maiores protagonistas do setor não enxergam nenhum tipo de conflito entre sustentabilidade e produtividade. Existe um ecossistema robusto voltado para as boas práticas agrícolas, construído a partir do desenvolvimento contínuo de soluções inovadoras.

Uma das empresas que joga nesse time, a Corteva Agriscience, é uma gigante internacional presente em mais de 140 países. Em nível mundial, são 150 centros de pesquisa e desenvolvimento e US$ 1,6 bilhão investidos em inovação ao ano. Somente no Brasil, a empresa possui 10 unidades de pesquisa totalmente dedicadas para o desenvolvimento de inovações que atendam as necessidades do agricultor.

Para seguir firme em seu propósito de desenvolver inovações sob medida para o campo, a Corteva, em 2020, tornou-se uma das mantenedoras do Cubo Itaú, um dos principais hubs de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina. Fazer parte do projeto, ao lado de vários outros atores do setor privado, faz com que as companhias trabalhem para resolver problemas comuns aos vários elos da cadeia do setor e também na busca por soluções que vão beneficiar elas próprias.

Um ano depois de fazer parte do Cubo, mais um passo importante foi dado. Em 2021, a Corteva, ao lado da São Martinho e do Itaú BBA, anunciou a criação de um novo hub, totalmente voltado para o agronegócio. Nascia então o Cubo Agro. Um ambiente para conectar startups, grandes empresas e fundos de investimento. Hoje, a iniciativa também é apoiada pela CNHi e Suzano.

O contexto do século 21, além de associar a sustentabilidade com produtividade, também prevê que o agronegócio englobe os conceitos da segurança alimentar e do enfrentamento às mudanças climáticas. O que significa, por exemplo, olhar com mais atenção para a produção, e principalmente o uso, dos produtos biológicos. A intenção, nesse caso, passa por oferecer aos agricultores ferramentas vantajosas e sustentáveis que complementem as tecnologias de proteção de cultivos.

Em 2 de março de 2023, a Corteva consolidou a sua posição como líder global no mercado de Biológicos ao anunciar a conclusão das aquisições da Symborg e da Stoller. A primeira, especializada em tecnologias microbiológicas, é espanhola. Enquanto a segunda, uma das maiores produtoras independentes do mercado global de Biológicos, tem sede em Houston, no Texas (EUA).

No seu portfólio atual de produtos biológicos, a Corteva oferece soluções para as culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e outras especialidades. Entre elas, nematicidas microbiológicos que ajudam a maximizar o potencial produtivo das plantas e proteger as raízes. O que contribui para uma lavoura mais saudável e produtiva. Além de um inseticida que auxilia no controle da chamada cigarrinha do milho, uma das principais pragas encontradas nos milharais brasileiros.

É estimado que o mercado global de produtos biológicos seja o segmento de proteção de cultivos com maior crescimento em termos globais, representando 25% do mercado total até 2035. O uso de biológicos em conjunto com os defensivos agrícolas é uma prática reconhecidamente eficaz para o controle de pragas e doenças nos mais diversos cultivos, porém, esse uso combinado não é adotado pela maioria dos produtores rurais. “Ainda há uma curva crescente de conhecimento e aprendizagem sobre o uso dos biológicos, mas é preciso avançar na apresentação desses produtos e seus benefícios para uma agricultura regenerativa e, ao mesmo tempo, mais produtiva”, afirma Cristiane Delic, Líder do Portfólio de Biológicos da Corteva Agriscience para o Brasil e Paraguai.

Para auxiliar os produtores brasileiros nessa jornada, a Corteva estabeleceu uma parceria de trabalho com a Auravant, uma das startups do Cubo Agro. A plataforma de monitoramento desenvolvida pela empresa de inovação usa imagens de satélite semanais para gerar índices vegetativos ao longo do ciclo da cultura. Dessa forma, se consegue avaliar a saúde da lavoura, em diferentes áreas.

O projeto que nasceu da coperação Corteva e Auravant roda hoje em 48 propriedades. O foco está em áreas de milho onde as soluções biológicas Utrisha N e Omsugo P foram utilizadas. Em 24 parcelas da lavoura, os produtores usaram um fixador biológico de nitrogênio foliar (Utrisha N), produto que permite a planta consumir o nutriente durante todo o ciclo. Nas outras 24 áreas do estudo, utilizou-se um inoculante solubilizador (Omsugo P). O composto aumenta a disponibilidade de fósforo retido no solo e na matéria orgânica, aumentando a disponibilidade do nutriente para a planta.

Na primeira rodada de análises no campo, concluída este ano, os resultados são promissores. Segundo o monitoramento da Auravant, as soluções biológicas aumentaram a produtividade do milho em 7,5 sacas por hectare. A comparação foi feita com regiões onde nenhum tipo de solução biológica esteve em ação. “Essa sinergia entre ferramentas aumenta a captura e a percepção de valor do agricultor em adotar soluções inovadoras”, destaca Cristiane Delic.

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Foto: Divulgação/Cort