IA nos Negócios: POTTENCIAL | Carlos Ferreira Quick e Mário Santiago
Pottencial Seguradora completa 15 anos e os executivos da empresa contam como a tecnologia pode potencializar a capacidade de atender os clientes.

Por Estadão Blue Studio
Fundada em 2010, a Pottencial Seguradora já nasceu com a cabeça na inovação. “Desde cedo, entendemos que a maior diferença que podemos ter para o mercado é na prestação de serviços, envolvendo tecnologia e pessoas”, conta o vice-presidente Carlos Ferreira Quick. Esse norte fez a empresa evoluir ao longo dos últimos anos, alcançando posições como a liderança do mercado de Seguro Garantia, de acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
“Temos obtido resultados interessantes em performance, que nos permitem sermos mais competitivos com relação ao mercado”, diz o diretor de Tecnologia, Mário Santiago. Para os dois executivos da empresa, a IA pode auxiliar em diversas frentes, ajudando a resolver um problema histórico do setor: a baixa penetração dos seguros na população brasileira. A seguir, confira os principais trechos da entrevista.
1) A Pottencial faz 15 anos em 2025. Como é a jornada de tecnologia na história da empresa?
Carlos: Ao montar a seguradora, buscamos trazer inovação para o mercado: por sermos uma empresa nova, não vinculada a um grande grupo, precisamos nos diferenciar. Entendemos que a maior diferença que podemos ter é na prestação de serviços, envolvendo tecnologia e pessoas. Sempre tivemos esse norte e, graças a ele, chegamos onde estamos hoje, liderando o mercado de seguro garantia, por exemplo.
2) IA não é uma tecnologia nova, mas ela ganhou uma aceleração nos últimos tempos. Como a Pottencial se beneficia desse movimento?
Mário: O uso de IA já vem de longa data, mas era muito focado nos times de tecnologia. Nos últimos anos, seu uso se democratizou para outras áreas nas companhias. Isso torna o trabalho mais simples e é algo que está em linha com a nossa história. Hoje, usamos IA em alguns processos de venda, além de planejar o uso da tecnologia em projetos que não saíram do papel, em temas como subscrição, sinistros e atendimento. Temos obtido resultados interessantes de ganhos de performance, que nos permitem sermos mais competitivos com relação ao mercado, trazendo mais qualidade e menor custo.
3) O setor de seguros é competitivo, mas também colabora em prol de inovação, como no Open Insurance. Como vocês veem a indústria hoje?
Carlos: A colaboração e a concorrência são muito importantes para gerar evolução e maturidade para o mercado. O Brasil tem hoje uma baixa penetração de seguros, seja no mercado empresarial ou nas pessoas físicas. Não precisamos ter medo da concorrência porque ainda temos muitos clientes para atender. E precisamos de seguros mais refinados, seja no produto para os clientes ou na proteção para as seguradoras. O Open Insurance é um passo importante e pode nos ajudar a democratizar o seguro no Brasil.
Mário: Há 15 anos, passamos de um paradigma de segmentação para uma visão de personalização. Agora, nos movimentamos para a hiperpersonalização, que é o que buscamos como empresa: conhecer o indivíduo cada vez mais e usar a tecnologia para a tomada de decisão cada vez mais ágil.
4) A hiperpersonalização pode trazer preços mais atraentes, mas demanda acesso a dados sensíveis. Como equilibrar essas duas questões?
Carlos: As pessoas têm a prerrogativa de fornecer ou não os seus dados. À medida que se entrega mais informação, há mais conforto para entender as variáveis que impactam o risco. Com mais dados, conseguimos precificar e desenhar produtos personalizados. Mas, se não os tivermos, talvez entreguemos algo menos personalizado, com precificação diferente. É óbvio que não vamos coletar informações que não podemos acessar, nem tratar os dados de maneira indevida.
5) A penetração dos seguros no Brasil é baixa. Como a tecnologia pode ajudar nessa popularização?
Carlos: Além da precificação e da modelagem de risco, há vários temas importantes aqui. Um dos maiores problemas do setor são as fraudes, mas a tecnologia vem nos auxiliando muito na detecção, reduzindo a agressividade do mercado. Outro fator em que a tecnologia facilita muito é a distribuição: por meio dos corretores, a tecnologia nos ajuda a conectar com diversos lugares, trazendo uma conversa mais simples para o mercado. E nisso há um ponto importante: o seguro é um produto que não vai ser usado independentemente do que acontecer. Ele é uma proteção para determinadas eventualidades – e as pessoas precisam ter consciência de que o seguro não cobrirá tudo a qualquer custo.
6) O que a Pottencial projeta para os próximos cinco anos?
Carlos: Queremos continuar uma história de sucesso. Crescemos de forma muito acelerada nesses 15 anos e acredito que temos condição de acelerar ainda mais. A tecnologia vai nos ajudar a chegar a mais parceiros e clientes, com processos mais fluidos. Espero que possamos crescer em cinco anos na mesma proporção que crescemos nos últimos 15. Para isso, a IA é um mecanismo que vem para agregar. Mas é importante pensar na ordem correta: primeiro pensamos nas pessoas e depois na tecnologia.
IA nos Negócios: POTTENCIAL | Carlos Ferreira Quick e Mário Santiago
Foto: GettyImages
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