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Adoção de videotelemetria reduz situações de risco no trânsito

Engajamento dos motoristas com a tecnologia é passo fundamental para aumentar a segurança da frota

Por Cobli, com Estadão Blue Studio

Além da perda irreparável de 100 vidas por dia, em média, os acidentes de trânsito no Brasil resultam em um custo anual de R$ 50 bilhões, de acordo com projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Trata-se de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. A principal estratégia para reduzir essas estatísticas devastadoras é a conscientização dos motoristas, já que 90% dos acidentes são causados por falha ou imprudência humana. Um grande aliado nessa missão são os serviços de videotelemetria, que utilizam a combinação de recursos tecnológicos – como câmeras, sensores e inteligência artificial – para identificar situações de risco e produzir uma série de dados relevantes. Com isso, ajudam os motoristas a aprimorar o modo de condução e os gestores de frotas a definir estratégias para combater os pontos de maior vulnerabilidade.

“A tecnologia contribui muito para aumentar a eficiência e a segurança da logística”, diz Rodrigo Mourad, CEO e cofundador da Cobli, empresa especializada em serviços de videotelemetria. Ele lembra que as frotas comerciais são responsáveis por cumprir metade da quilometragem total percorrida no Brasil, de tal forma que é previsto que se envolvam em metade dos acidentes, que chegam a um milhão por ano no País – ou seja, um a cada meio minuto.

“Reduzir o número de acidentes é uma meta que traz benefícios para toda a sociedade. Mesmo um episódio aparentemente banal provoca transtornos como congestionamento e atraso na entrega de mercadorias. Além disso, os custos dos acidentes são divididos entre todos, impactando desde a saúde pública até os valores cobrados pelos seguros”, analisa o executivo.

Com câmeras voltadas tanto ao ambiente interno quanto externo dos veículos, os sistemas de videotelemetria identificam e fazem alertas imediatos ao motorista sobre situações e ações de risco, a exemplo de sinais de cansaço, uso de celular, velocidade além do limite e proximidade exagerada do veículo à frente.

Inclusão e transparência
Um efeito natural desse processo é que os motoristas passam a ter mais consciência sobre o próprio modo de direção. Com isso, o número de situações de risco costuma cair entre 70% e 80% ao final do primeiro mês de uso da videotelemetria, o que significa reduzir o número de acidentes na mesma proporção, já que as estatísticas indicam a relação de um acidente para cada 25 mil situações de risco.

Um exemplo da eficácia da videotelemetria está na situação de risco mais comum, o uso de celular, envolvido atualmente em 60% dos acidentes de trânsito. A Cobli identificou que os motoristas profissionais do Brasil estão cometendo, em média, 24 situações de risco por dia relacionadas ao uso do celular. “Assim que passam a receber um alerta em cada uma dessas situações, a redução das ocorrências é enorme”, diz Mourad.

Ao contratar os serviços oferecidos pela Cobli, a empresa passa a ter disponibilidade de dados para promover treinamentos específicos (priorizar quem segue com muitas ocorrências relacionadas ao celular, por exemplo) e também para estabelecer premiações e reconhecimentos aos motoristas que mais evoluem nos indicadores. Podem ser bônus em dinheiro ou vantagens como receber os carros mais novos e ter prioridade para escolher o dia de folga, além de uma perspectiva mais clara de crescimento dentro da empresa.

Uma premissa fundamental é o engajamento dos motoristas, que precisam entender que a videotelemetria não é “espionagem”, e sim um serviço que ajuda a aumentar a segurança e a eficiência no trabalho. “Estamos obtendo engajamento dos nossos motoristas por meio de uma abordagem inclusiva e transparente, comunicando os objetivos de melhoria, destacando como isso beneficia não apenas a empresa, mas também suas próprias experiências de trabalho e segurança pessoal”, conta Gabriel Duardes, gerente de Pré-Vendas da Teltex, uma das clientes da Cobli. “Além disso, oferecemos treinamentos regulares, incentivamos o feedback constante e reconhecemos as contribuições dos motoristas para o aprimoramento do desempenho”, acrescenta o líder da prestadora de serviços em segurança eletrônica, soluções de TI e desenvolvimento de cidades inteligentes.

Por fim, Duardes enfatiza que, quando os motoristas têm acesso adequado ao treinamento e ao suporte necessário para adotar as novas tecnologias de forma eficaz, passam a valorizar essas ferramentas como um recurso fundamental para o próprio desenvolvimento profissional.

Adoção de videotelemetria reduz situações de risco no trânsito

Foto: Divulgação/ Cobli