C6 Bank lança segmento ‘private’ para alta renda
Segmento ‘Graphene’ mira usuários que tenham R$ 5 milhões ou mais em investimentos e terá dois profissionais para atender cada cliente
Por Matheus Piovesana (Broadcast) – editada por Mariana Collini
Lançado há cinco anos com foco no segmento de alta renda, o C6 Bank reforçou a aposta este ano ao criar um segmento de private banking, área dos bancos voltada a clientes com alguns milhões para investir. O objetivo é transformar o banco digital no principal relacionamento financeiro de boa parte dos cerca de 35 milhões de clientes. Foi o movimento mais recente do banco, o primeiro entre os digitais a criar segmentos de atendimento separados por patamar de renda.
O chamado Graphene, lançado em julho, mira usuários que tenham R$ 5 milhões ou mais em investimentos, patamar similar ao dos segmentos de private banking dos grandes bancos. Com a nova marca, o banco completou o topo de uma pirâmide que começou a definir há cerca de dois anos, época em que passou a segmentar os clientes de acordo com patamares de renda e investimentos de forma mais clara.
“Nos primeiros dois anos estávamos construindo a nossa oferta, então a segmentação era por produtos, primeiro o cartão e depois com investimentos”, diz o diretor de Produtos para Pessoa Física do C6, Maxnaun Gutierrez. “Em 2021 nasce a assessoria de investimentos. Começamos a colocar um time comercial para se relacionar com os nossos clientes.”
Desde então, o C6 passou a separar a base de acordo com a renda e o volume investido, e inseriu em cada patamar de cliente um grau de assessoramento. Quanto maior o volume de recursos, maior o contato das equipes. No caso do Graphene, são dois profissionais atendendo a cada cliente: um que cuida do dia a dia bancário e outro para investimentos.
A formulação de segmentos foi possível com a consolidação da prateleira de produtos do banco. Após completar o que considera fundamental na oferta para pessoas físicas, o C6 entendeu que segmentar a base e agregar o atendimento humano era a melhor forma de “apresentar” tudo o que o banco tinha a oferecer.
“Criamos uma completude de produto que nos habilita a atender ao cliente de mais alta renda de forma mais eficiente”, diz o diretor de Investimentos e Private Banking do C6, Igor Rongel. “O cliente de alta renda não gosta de receber ligações com ofertas o tempo todo. Mas se precisar de algo, ele quer falar com alguém.”
Ampliação de acesso
O foco do C6 é atender a clientes que, embora sejam de alta renda, tinham atendimento menos especializado nos grandes bancos. Rongel afirma que nas instituições tradicionais, clientes com patrimônio acima de R$ 50 milhões sempre tiveram atendimento mais próximo. Isso não necessariamente era verdade para o cliente da “porta de entrada” do private, com volume de recursos dez vezes menor.
O C6 conseguiu levar um modelo de atendimento mais próximo a esse grupo graças aos custos mais baixos. Sem agências físicas, o patamar de despesas é mais baixo mesmo com o reforço na assessoria de investimentos. “Como a estrutura de custo do C6 é muito leve, temos condições de dar um serviço de excelência para o cliente não tão grande.”
C6 Bank lança segmento ‘private’ para alta renda
Foto: Gabriela Biló/Estadão
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