Para as empresas, hoje não basta apenas alinhar o discurso sobre sustentabilidade às demandas da sociedade expostas nas redes sociais. É preciso mostrar na prática que a corporação atua diretamente nessas inciativas, opina o gerente-geral da Mastercard no Brasil, Estanislau Bassols. “A principal forma de demonstrar uma preocupação genuína sobre o meio ambiente, é por meio de ações efetivas em prol da causa”, defende.
A gigante do setor de pagamentos e uma das bandeiras mais conhecidas de cartão de crédito no mundo trabalha nesse sentido há alguns anos. Em março, por exemplo, emitiu US$ 600 milhões em títulos verdes (sustainability bond) para lastrear seus programas visando atender o compromisso de zerar suas emissões líquidas de carbono até 2050. Outras metas globais são de trazer 1 bilhão de pessoas e 50 milhões de pequenas empresas para a economia digital – mais inclusiva e sustentável – até 2025.
Os recursos dos títulos verdes nos apoiarão no progresso rumo à maximização da redução de carbono, apoiando as escolhas ambientais dos clientes e promovendo o crescimento inclusivo de todo o nosso ecossistema. A partir de agora, os investidores terão a oportunidade de contribuir para o avanço desses esforços conosco. Segundo Estanislau, os projetos da companhia serão alinhados em onze áreas e vão contribuir para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
“Para gerar um impacto social e ambiental positivo em escala, as empresas precisam investir em tecnologia, conhecimentos e parcerias para tornar os programas comercialmente sustentáveis no longo prazo”, afirma o executivo da Mastercard. Para mostrar como esses princípios estão enraizados dentro da organização, a empresa alterou o modelo de remuneração de executivos para vinculá-los a iniciativas de ESG.
A Mastercard já atingiu a meta de utilizar 100% de eletricidade renovável em suas operações e trabalha em parcerias para encontrar novos materiais para a confecção dos cartões.
Novas iniciativas
Entre as iniciativas da Mastercard em políticas sustentáveis, Estanislau cita a Coalizão Planeta Priceless, lançada no início de 2020, um movimento que une esforços de consumidores, instituições financeiras, comerciantes e cidades para combater as mudanças climáticas. Uma das metas é restaurar 100 milhões de árvores ao longo de cinco anos. “Em parceria com instituições globais, vamos ajudar na recuperação de três florestas importantes para o planeta – incluindo uma área na bacia amazônica (2 milhões de árvores), além de florestas no Quênia (1,2 milhão de árvores) e na Austrália (500 mil árvores)”, lista.
O projeto mais recente é a Calculadora de Emissão de Carbono, lançada em abril de 2021 em parceria com a startup Doconomy e visando impulsionar o consumo consciente em todo o mundo. “A partir do novo recurso, os bancos emissores podem oferecer dados e insights aos seus clientes para ajudá-los a implementarem hábitos de compra mais conscientes, uma vez que poderão visualizar com facilidade o impacto ambiental causado pelos seus padrões de consumo pessoais, explica o executivo.
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