Depois de cinco anos de queda, o mercado de computadores registrou alta de 15% em 2017, na comparação com 2016. No Brasil, o aumento das vendas foi maior no segmento de notebook (4%) do que no de desktop (1%). Segundo a consultoria IDC, as projeções para 2018 indicam um crescimento de 2%, e vendas em torno de 5,3 milhões de máquinas, mas não há maiores ambições. O setor tende a se estabilizar. “O segmento de PCs já é bem consolidado e maduro, com uma boa penetração de mercado. A tendência é mais de troca para atualização do que de compra da primeira máquina, e isso se reflete no tipo de equipamento vendido – há uma maior preocupação com qualidade e menos procura por produtos de entrada”, diz Pedro Hagge, analista da IDC.
Dá para dizer que a Apple costuma estabelecer relações estáveis com seus usuários. Há uma legião de seguidores que defendem o poder de fogo de suas máquinas para trabalhar com vídeo e áudio, por exemplo. E não só. Eles confiam também na estabilidade do sistema operacional e em sua velocidade ao processar tarefas. Nome mais desejado no Marcas Mais, a empresa comandada por Tim Cook fabrica computadores de alto desempenho, velozes e capazes de transmitir detalhes visuais apurados. Mikako Kitagawa, analista do instituto de pesquisas Gartner, acredita que, em parte, essa combinação faz a Apple ser a preferida. “Mas equipamentos de outros fabricantes que usam componentes de alto desempenho apresentam resposta tão boa quanto.”
De 2014 a 2018, o uso dos computadores pessoais para consumo de conteúdo multimídia cresceu de 28% para 47% do mercado. “A TV, por sua vez, caiu de 57% para 32% de participação no mesmo período”, diz Diego Puerta, vice-presidente da área de consumidor final e pequenas empresas da Dell no Brasil. A companhia ocupa a segunda posição no ranking. Desde janeiro deste ano, alguns de seus modelos entregam a tecnologia Dell Cinema, que oferece melhor processamento de imagem e som. No quesito sustentabilidade, a Dell tem um projeto de desenvolvimento de embalagens feitas de plásticos despejados nos oceanos e com o uso de bambu, também no empacotamento, porque é resistente e ajuda a proteger os equipamentos.
Já a Samsung tem se esforçado para que as pessoas construam um vínculo emocional com a marca. “Mais do que gostar do produto, o consumidor precisa gostar da empresa”, avalia Sandra Chen, diretora da área de notebooks da Samsung do Brasil. Dois itens despontam como atraentes para públicos distintos. O notebook Odyssey é voltado para uma experiência melhorada com videogames e combina tela de alta resolução, processador Intel de sétima geração e placa de vídeo NVIDIA GeForce GTX 1050, com memória dedicada, alto desempenho e qualidade gráfica. Com outro perfil, focado em leveza e mobilidade, o também portátil Style S50 promete dez horas de autonomia da bateria. Entre os serviços comuns a todos os produtos da marca coreana, o Samsung S Service é um suporte online e gratuito acessado da área de trabalho e com a possibilidade de um técnico resolver problemas a distância.
A tendência é a troca e não a compra do primeiro computador