Por Stephanie Tondo

Tarifas residenciais de energia elétrica devem ter uma alta média de 7,61% em 2024, segundo cálculos da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada no setor

Para economizar, consumidores devem ficar atentos ao desperdício de energia e ao uso eficiente dos eletrodomésticos

As tarifas residenciais de energia elétrica devem ter uma alta média de 7,61% em 2024, segundo cálculos da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada no setor. Tal aumento projetado pode ser explicado principalmente pelas altas de 27% no Encargo de Energia de Reserva (EER), 13% na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e 15% nos custos com a Rede Básica. Para economizar, consumidores devem ficar atentos ao desperdício de energia e ao uso eficiente dos eletrodomésticos.

Os cálculos da TR Soluções consideram a média dos reposicionamentos de cada uma das 51 concessionárias de distribuição em território nacional, ponderados pelos mercados de cada empresa. Não estão inclusas, porém, as bandeiras tarifárias, que representam um custo extra na conta de luz quando as condições de geração de energia no País são menos favoráveis.

Eduardo Trigueiro, educador financeiro do Sicoob, afirma que ao contrário de outras despesas, em que o usuário pode optar por trocar o prestador de serviço ou negociar descontos, na conta de luz a única saída para economizar está em diminuir o consumo.

“Dicas simples, como tirar eletrodomésticos da tomada quando não estiverem sendo utilizados, ajudam na economia. Estudos indicam que aproximadamente 12% do valor total da conta de energia vem dos aparelhos em modo stand by (modo espera). Banhos quentes mais rápidos, para quem usa chuveiro elétrico, e desligar as luzes em ambientes vazios também são ações que podem ajudar na diminuição do consumo”, afirma.

O ar-condicionado aparece como o principal responsável pelo aumento do consumo de energia elétrica no verão. Para reduzir o gasto, a Enel recomenda instalar o aparelho em local arejado, com boa circulação de ar, manter os filtros limpos e evitar temperaturas muito baixas. Quanto mais frio, maior será o consumo de energia. Também é importante manter portas e janelas fechadas para evitar que o ar frio escape.

Ferros elétricos de passar roupa podem ser responsáveis por 7% da fatura, segundo a Enel. Por isso, o ideal é acumular o máximo de roupas antes de passar, para fazer um uso mais eficiente do aparelho. Na iluminação, a distribuidora recomenda trocar as tradicionais lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED, mais econômicas. Ao substituir uma lâmpada incandescente de 100WW por uma fluorescente de 32W, o consumidor economiza cerca de 60% de energia.

Economia com energia solar
Famílias que moram em casas podem optar pela instalação de painéis solares, que reduzem o valor da conta de luz em até 95%. A maior parte dos sistemas fotovoltaicos instalados nas residências brasileiras está conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que é a rede usada pelas concessionárias de energia elétrica.

A energia gerada pelos painéis solares que não é consumida, ou seja, o excedente, entra nessa rede e o consumidor que gerou a energia recebe um crédito da distribuidora, que pode ser usado em momentos em que não há incidência de luz solar, como durante a noite ou nos dias nublados, quando o sistema não irá gerar energia.

“Taxação do sol” em vigor: ainda vale a pena instalar painéis solares?
Se a capacidade de geração de energia for equivalente ao consumo na residência, o valor da conta de luz sai praticamente zerado. O consumidor pagará apenas a tarifa mínima e uma taxa de iluminação pública. Ou, nos meses em que a geração de energia for menor que o valor consumido, pagará também essa diferença.

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Foto: Getty Images