NúmerosA agilidade na entrega e a oferta cada vez maior de serviços agregados aos canais de venda são para onde os destaques de comércio eletrônico deste Estadão Marcas Mais têm enviado seus reforços. Na opinião do consumidor, Americanas.com, a operação digital do Magazine Luiza – dona também da Netshoes – , Submarino e Amazon são as marcas mais envolventes do setor. Nota: a empresa B2W é a controladora da Americanas.com e do Submarino.
Campeã em todas as regiões, a Americanas.com promete entregas para o mesmo dia e uma “experiência completa de compra”. O tráfego na plataforma digital da B2W cresceu bastante no período inicial da pandemia e da quarentena. O número de downloads de aplicativos saltou 313% em abril na comparação com o do mesmo período de 2019. A base de clientes ativos atingiu 18 milhões
O mesmo ocorreu com o Magazine Luiza: o faturamento do comércio eletrônico no primeiro trimestre do ano correspondeu a 53% do total do grupo. As vendas no marketplace chegaram a R$ 1,2 bilhão e o público, a 21 milhões. Mas a empresa informa que o formato híbrido de sua operação – física e digital – já contribuía para o online crescer a taxas superiores a 50%. Foi assim, diz, por 13 trimestres consecutivos
A estratégia de fidelização da Amazon é sobretudo o portfólio de produtos e serviços: a assinatura Prime dá frete grátis para itens vendidos e entregues pela Amazon, sem valor mínimo. Há ainda a linha Echo de caixas de som conectadas e assistente de voz, o streaming Prime Video e o dispositivo Fire Stick, que “deixa a televisão inteligente”.
MERCADO
Na palma da mão
O relatório Webshoppers da Ebit/Nielsen mostra que as compras por aplicativo cresceram 55% em 2019 e, pela primeira vez, passaram as que são feitas no computador. Neste ano, o que era tendência foi acelerado. Em apresentações de resultados a acionistas, varejistas como Magazine Luiza, Lojas Americanas e Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) divulgaram que os downloads de seus aplicativos cresceram de três a quatro vezes nesses meses de pandemia em relação aos registrados no ano passado. Segundo a Ebit/Nielsen, no espaço de seis semanas a partir da decretação da quarentena, o e-commerce faturou quase 50% mais que em igual período de 2019. E 31% do público entrou nesse tipo de loja pela primeira vez.
ESTRATÉGIA
Magazine digital
Um dos objetivos do Magazine Luiza é agregar cada vez mais serviços ao seu e-commerce. No início de agosto, a companhia anunciou a aquisição da plataforma multimídia Canaltech, especializada em conteúdo de tecnologia. Também comprou recentemente a Inloco Media, focada na comercialização de publicidade digital. A intenção é acelerar o crescimento do MagaluAds.
ENTREVISTA
Jean Lessa, diretor da plataforma digital da B2W (Americanas e Submarino)
DEPOIS DA TEMPESTADE
EM QUE O SENHOR ACHA QUE A AMERICANAS. COM DIFERE DE OUTRAS PLATAFORMAS DE VENDA ONLINE?
JS – Proporcionamos a melhor experiência de entrega para o cliente, com ampla integração O2O [online para offline], e oferecemos 39 milhões de itens em mais de 40 categorias. São produtos de mais de 1.700 Americanas e de parceiros, com entrega no dia da compra.
COMO SÃO AS INICIATIVAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL?
JS – Na parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), através do projeto Jirau, vendemos para todo o Brasil, no marketplace, produtos fabricados por empreendedores de comunidades ribeirinhas. Todo o lucro das vendas desses itens é revertido para os artesãos dos projetos da FAS presentes na iniciativa.
QUAIS OS DESAFIOS DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS?
JS – A pandemia potencializou as compras online. A marca criou soluções para novas necessidades de consumo, como o Entrega na Vizinhança, em que lojistas parceiros de micro e pequeno porte
se cadastram gratuitamente para fazer a venda pelo site ou app e entregar o pedido no mesmo dia, perto da loja, fidelizando seus clientes.
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