Fazer uma faculdade ou se formar está entre os cinco principais sonhos dos brasileiros, ficando atrás apenas de ter uma casa própria, independência ou estabilidade financeira, trabalho ou realização profissional e viajar.
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva/JCDecaux, 12% dos entrevistados citam o desejo de estudar como seu objetivo fundamental. A crise financeira que atingiu a economia nacional nos últimos anos adiou a realização desse sonho. A estimativa é que no cenário nacional houve redução de cerca de 30% no número de alunos que tiveram acesso a educação superior.
“Estamos atravessando uma crise e houve uma redução de 7% no Mackenzie no ano passado, mas neste ano as expectativas são melhores e estamos com 85% de ocupação das vagas oferecidas”, diz Benedito Guimarães Aguiar Neto, reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que conquistou neste ano o bicampeonato no Estadão Marcas Mais.
José Inácio Ramos, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, mantenedor da universidade, comenta que a entidade tem cursos com mais de 100 anos. “Ao todo são 35 cursos credenciados e 40 mil alunos na graduação”, diz ao lembrar que manter o câmpus em plenas condições para o aluno é um dos diferenciais. “Menos de 5% das nossas salas não são climatizadas, temos uma internet vigorosa e um câmpus humanizado. Isso tem sido um fator importante de retenção”, diz Ramos.
Aliadas a isso, diz Neto, atualizações curriculares nos últimos anos também contribuíram para a marca se destacar na preferência dos consumidores. Entre as mudanças, ele cita a ênfase ao empreendedorismo, preocupação com princípios e valores e investimentos em pesquisas.
A baixa rotatividade do corpo docente, assim como uma criteriosa seleção dos profissionais contratados, é o ponto em comum das três primeiras colocadas no ranking.
A PUC (Pontifícia Universidade Católica) ocupa o segundo lugar no levantamento. “A universidade sempre valorizou o diálogo e o debate de ideias, bem como a multidisciplinaridade e a diversidade em suas dimensões política, ideológica, social, racial e de gênero. Amplia-se, assim, a possibilidade de lidar com as diferenças e aprimora-se a formação dos estudantes, que se capacitam para atuar como cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, o que inclui direitos, deveres e desafios”, disse em nota a PUC-SP.
De acordo com a entidade, a universidade tem, cada vez mais, se aproximado dos alunos do ensino médio. “Em 2018, iniciou o Programa VCnaPUC, com atividades que possibilitam a vivência de situações relativas à profissão que esses estudantes desejam exercer no futuro.”
Completando o quadro das três universidades mais admiradas pelos consumidores, a Unip (Universidade Paulista) também destaca um ensino com conteúdo atual como ponto forte da marca. “No eixo educação, buscamos qualidade e uma atualização ágil”, diz Marilia Ancona Lopez, vice-reitora de Graduação da Unip.
A instituição conta com cerca de 380 mil alunos, dos quais 167 mil são de cursos EAD (Ensino a Distância).