O futebol é a paixão nacional. Meninos e meninas das mais diferentes classes sociais e regiões do País sonham em chegar à elite do futebol ao lado de nomes consagrados como o do brasileiro Neymar, do argentino Leonel Messi e do português Cristiano Ronaldo.
Mas, aos poucos, outros esportes ganham destaque entre os brasileiros abrindo espaço para novos sonhos. Uma dessas modalidades é o surfe. Esporte que pegou carona no bom desempenho dos atletas brasileiros nos campeonatos mundiais recentes. Não é mais incomum ver jovens se espelhando no bicampeão mundial Gabriel Medina ou no francês Jeremy Flores.
Para os esportistas não profissionais, o principal objetivo é manter a forma física ou desfrutar do esporte e do mar. No surfe, a tecnologia é a aliada dos praticantes do esporte e as líderes da pesquisa Estadão Marcas Mais investem pesado para trazer o que há de mais moderno para os artigos esportivos.
“Nós temos uma conexão muito forte com artigos de alta performance”, diz Fabio Ippolito, brand manager da Oakley Brasil, marca fundada em 1975 pelo designer americano Jim Jannard, que ocupa a liderança no levantamento.
“O primeiro produto foi criado na garagem com apenas US$ 300 de investimento”, afirma o executivo ao explicar que à época o fundador da marca criou uma tecnologia que quanto mais a pessoa suava mais a roupa se aderia ao corpo. “No início, ela foi criada para manobras de bicicleta. Ao longo do tempo, a tecnologia está presente em quase todos os itens”, diz Ippolito. No Brasil, a primeira loja da marca foi aberta em 2007. Hoje são 13 unidades.
A marca está muito presente atualmente entre os surfistas e skatistas. “Temos boa participação em departamentos esportivos, que é para onde estamos indo hoje em dia”, diz Ippolito.
Segundo ele, 2018 foi um ano difícil para o setor devido à crise financeira enfrentada pelo mercado local. “Para este ano, a expectativa da empresa é de crescimento de 5% com o reposicionamento da marca com o objetivo de explorar novos mercados e novos consumidores.”
Em terceiro lugar no levantamento, a brasileira Mormaii foi criada pelo médico Marco Aurélio Raymundo, o Morongo. O empresário conta que depois de terminar a faculdade de Medicina foi morar em Garopaba (SC), onde instalou o primeiro posto de saúde da região.
Por lá, o surfe era o esporte mais praticado pelos moradores, mas, como as águas eram muito frias, o médico pensou em criar uma roupa que pudesse ajudar na prática do esporte.
“Fui o pioneiro no País a fazer roupa para surfe”, diz. Aos 76 anos, Morongo segue pegando onda todos os dias. A Mormaii ampliou a área de atuação e hoje está em outros segmentos, com calçados, bicicletas, óculos, relógios e capacetes.
“Só de chinelo, comercializamos entre 5 milhões e 6 milhões por ano. Óculos são outras 600 mil unidades”, diz o diretor-presidente da marca, que tem 50 mil pontos de venda no Brasil e exporta para 33 países.
A QuickSilver, segunda colocada no ranking, não atendeu ao pedido de entrevista da reportagem.