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Artigo

MBA em ESG abre oportunidades de carreira

24 nov 2023

Por Maurício Oliveira

Em abril deste ano, quando saiu da TV Globo depois de mais de três décadas de casa, a jornalista Giuliana Morrone já tinha um plano B encaminhado: tornar-se especialista em ESG, o conceito de sustentabilidade formado pelos pilares ambiental, social e governança. Interessada há muitos anos em saber mais sobre a temática, ela decidiu inscrever-se, em 2021, na primeira turma do MBA em ESG da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). O curso proporcionou uma experiência que Giuliana classifica como “ampla e enriquecedora”, alicerce para que pudesse iniciar a atividade de palestrante e consultora de ESG – unindo, assim, os novos conhecimentos às habilidades como comunicadora. “Muitas empresas têm me procurado com a necessidade de entender melhor o que é ESG e como podem atuar em cada um dos pilares”, ela descreve.  

Aos 56 anos, Giuliana se aproximou, durante o curso, de colegas também maduros, todos em busca de transição na carreira. “Eram pessoas com atuação nas mais diferentes áreas, do mercado financeiro à química. Criamos um grupo no WhatsApp que batizamos de ‘Os insustentáveis’, por conta de uma certa visão crítica sobre ESG que compartilhávamos e que o curso incentivava.” Essa visão é fortemente influenciada pela coordenadora do curso, Renata Brito. Com sólida carreira no mercado financeiro e como pesquisadora de Estratégia Empresarial, ela ressalta que ESG está longe de lidar com um mundo cor-de-rosa: trata-se, acima de tudo, de uma estratégia de gestão de riscos. “Trata-se de definir como a empresa vai endereçar os seus riscos, o que exige definir prioridades e estabelecer métricas.” 

Feito inteiramente online, com 70% das aulas síncronas, o curso está na terceira turma, com 40 vagas por ano. A carga de 420 horas é cumprida nas noites de terças e quintas, totalizando 18 meses. A PUC-RJ está lançando também, para o ano que vem, o MBA Diversidade e Impacto Social, mais focado no pilar “S” – ou seja, na dimensão social do desenvolvimento sustentável. “Esse curso tratará mais profundamente das questões relacionadas à diversidade, tanto em termos de estratégias de inclusão quanto de programas corporativos de impacto social, demandas crescentes das empresas”, descreve Renata.

Ex-repórter da TV Globo, Giuliana Morrone fez MBA em ESG / Foto: acervo pessoal

Oportunidades multiplicadas

A Trevisan Escola de Negócios também tem um MBA em ESG 100% online, com quatro entradas por ano. O curso já formou 800 alunos desde 2021. “A maioria é de profissionais que estão atuando em um dos pilares ESG e pretendem ampliar os conhecimentos para adquirir uma visão mais sistêmica e ter acesso a novas oportunidades”, descreve a coordenadora, Adriana Vieira. Ela destaca como diferencial a Maratona ESG, composta por uma série de palestras de profissionais atuantes no mercado. Há uma Maratona ESG para cada um dos quatro módulos do curso, que totaliza 432 horas-aula. 

Na Fundação Getulio Vargas (FGV), a força do ESG ficou clara depois que a pós-graduação em Meio Ambiente e Sustentabilidade foi remodelada e passou a agregar a nova sigla ao nome. A demanda pelo curso, que dura 11 meses, chegou a 30 turmas simultâneas, totalizando cerca de 1.500 alunos – trata-se da especialização mais procurada e vendida da FGV atualmente. Com a denominação antiga, o máximo alcançado havia sido oito turmas simultâneas. 

Diante desse sucesso, a FGV decidiu oferecer um MBA em ESG a partir do ano que vem. Serão 432 horas, que poderão ser cumpridas num período entre 18 e 24 meses, 100% presencialmente nas dez unidades espalhadas pelo país ou 100% online, ou ainda numa versão híbrida. O novo MBA terá duas entradas por ano. “Desenhamos uma estrutura curricular que vai contemplar os três pilares de forma equilibrada e profunda”, descreve o coordenador dos cursos ESG da FGV, Fabrício Stocker.

Ele projeta que algo entre 30% e 40% de quem cursou a especialização em ESG decida fazer também o MBA. Um caso já confirmado é o de Caroline Irizaga Gonçalves, 38 anos. Graças à formação em ESG concluída em meados deste ano, ela mudou de cargo na empresa em que trabalha, a Eletrobras CGT Eletrosul. Deixou de ter uma atuação restrita à gestão ambiental em empreendimentos termoelétricos para tornar-se parceira de negócios de sustentabilidade, com atuação bem mais abrangente. A recolocação envolve até a mudança de Caroline, que está trocando Bagé (RS) por Florianópolis (SC). “Vou fazer o MBA não apenas por adorar o assunto, mas porque tenho certeza de que será mais um passo importante da minha carreira.”

Crédito da foto: Adobe Stock

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