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Artigo

Formando gestores para o mercado de trabalho

24 nov 2023

Por Luccas Balacci

Fascinada pelo potencial da inteligência artificial em seu ramo, a gerente de projetos de marketing Elisa Carneiro, de 32 anos, buscou um curso para se aprofundar na área, mas com foco também em gestão. “Decidi fazer um MBA porque essas tecnologias estão mudando rapidamente e vão afetar minha área de atuação. Eu sou muito nova para ficar obsoleta e precisava de um curso que não só me atualizasse sobre essas ferramentas, mas que me orientasse em como utilizá-las no mundo corporativo.”

O MBA, cuja sigla significa Master of Business Administration (em tradução livre, Mestre em Administração de Negócios), é uma especialização que busca formar profissionais para cargos de gestão e liderança. Criado no início do século 20 pela universidade Harvard, nos Estados Unidos, o MBA representa hoje um dos principais caminhos para quem almeja progredir na carreira – ainda mais em um mundo em constante transformação.

Lifelong learning

“Seguir estudando após a graduação é imprescindível para se manter relevante no mercado de trabalho”, defende o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan, que foi reitor da USP (Universidade de São Paulo) entre 2018 e 2022. “Consumimos informação de várias formas, mas é impossível nos mantermos atualizados se não tivermos a oportunidade de receber essa informação de forma mais organizada. E cursos como o MBA trazem esse diferencial.”

Grande parte dos programas de MBA ofertados no Brasil se dá pela adaptação do modelo americano, desenvolvendo habilidades de liderança para diferentes setores. “Normalmente, os MBAs clássicos têm uma grade generalista, focada em gestão e estratégias corporativas (leia mais na página 17). No Brasil, temos a derivação de programas que qualificam o aluno em gestão, mas que focam em diversos temas, como recursos humanos, finanças, marketing e projetos”, explica o diretor de Educação Executiva dos Núcleos da FGV (Fundação Getulio Vargas), João Luis Barroso.

Outra diferença está na categoria de ensino. O MBA é considerado um mestrado pelos americanos, com entrega de diploma e titulação de “mestre”. No Brasil, mestrado e doutorado são equivalentes à pós-graduação stricto sensu, focada na produção de pesquisa acadêmica e científica. Assim, o MBA é classificado como pós-graduação lato sensu, com duração mínima de 360 horas, entrega de certificado e titulação de “especialista”.

“Consumimos informação de várias formas, mas é impossível nos mantermos atualizados se não tivermos a oportunidade de receber essa informação de forma mais organizada. E cursos como o MBA trazem esse diferencial.”
Vahan Agopyan, secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo

Aprimorar para crescer

A jornalista Nathalia Pavoni Folla, de 27 anos, buscou um MBA em negócios digitais após mudar o rumo de sua carreira. “Eu nunca havia trabalhado no mercado corporativo e, depois de um tempo, senti a necessidade de me atualizar. O MBA me pareceu um caminho bacana, já que eu queria poder tomar decisões diferentes e mais fundamentadas a partir do conhecimento adquirido.”

Ela faz parte de um dos principais perfis de alunos que procuram um MBA. “É o profissional que se formou há algum tempo e já atua no mercado de trabalho, mas que quer se aperfeiçoar, seja para crescer na própria área ou para migrar para um novo setor”, diz o coordenador da Universidade Corporativa do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo), Marcio Sanches.

O MBA também é atrativo para recém-formados de outros ramos, mas que têm interesse em gestão. “Esse público, de áreas como engenharia, tecnologia e saúde, busca a especialização como um ‘minicurso’ de administração para aprender sobre finanças, operações e gestão de pessoas.”

Há, ainda, os recém-formados em administração que, de acordo com Sanches, precisam ter cuidado ao escolher o curso para não cair no “mais do mesmo”. “Para eles, o MBA é uma oportunidade de se familiarizar com as áreas de atuação de interesse, como marketing, tecnologia e ciência de dados. Não é bom que esse público faça um MBA genérico, que vai repetir conteúdos estudados na graduação.”

A diferença no currículo

Além do ganho pessoal e profissional, a educação continuada é bem vista em processos de seleção para vagas de emprego. “O MBA é um diferencial quando procuramos por vagas de cargos sênior, por exemplo”, afirma o headhunter Bruno Barreto, da empresa de recrutamento especializado Robert Half. “É importante entender o quanto um candidato está acompanhando as transformações da área em que atua.”

Barreto destaca a especialização como valiosa para a promoção de funcionários a cargos de liderança. “Não é uma regra, porque há muitos profissionais que crescem dentro da empresa, aprendendo no dia a dia, mas é claro que, se você olhar nos currículos, a maioria dos gestores têm algum tipo de especialização.”

Crédito da foto: Adobe Stock

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