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Artigo

Saúde acelera para o futuro

24 nov 2023

Por Angela Corrêa

Em 2020, em meio ao caos da pandemia, especialistas de várias áreas previam: as transformações que já estavam em curso seriam aceleradas. Um setor, no entanto, superou todas as expectativas: a saúde. Entre 2020 e 2021, o salto de investimento em inovação na área de saúde foi de mais de 96% e chegou aos US$ 44 bilhões no mundo todo, segundo relatório da organização StartUp Health do ano passado. Com tanta visibilidade, a área está em franca expansão e exige profissionais atualizados e ainda mais preparados para as novidades.

“Desenvolvimentos que levariam anos foram implementados rapidamente por necessidade. As organizações que foram flexíveis o suficiente para mudar a sua estratégia durante a pandemia aprenderam muito”, avalia Adriana André, coordenadora do MBA Executivo em Administração: Gestão de Clínicas, Hospitais e Indústrias da Saúde, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Na esteira dessa tendência, as chamadas healthtechs crescem. Segundo levantamento da Distrito, hub de inovação, atualmente são 1.053 healthtechs em atividade no Brasil. Esse é o maior mercado da América Latina da atualidade. O México, que vem em seguida, tem 346 empresas.

Diversificação

Telemedicina, diagnóstico, equipamentos, gestão, experiência do paciente, prevenção… A lista de atuação destas startups é longa, mas as carências do sistema não param de surgir. Um dos reflexos dessas tecnologias é que os cursos de MBA na área não se limitam mais à gestão hospitalar, por exemplo, e vêm buscando a diversificação.

“Temos a compreensão de todas as áreas do setor e como a saúde se insere no contexto econômico aqui e no mundo. De hospitais, cobrimos planos de saúde, farmacêuticas, regulações públicas e privadas e diagnóstico, entre outros”, exemplifica Isabela Furtado, coordenadora do MBA Executivo em Saúde do Insper, que está em sua primeira turma. O futuro, claro, não foge do radar. “É impossível dissociar a saúde de inovação”, completa Isabela.

Neste MBA, há um eixo destinado só para essa temática. Entre as disciplinas, tecnologias inovadoras em saúde e liderança, humanidades e bioética. A cada um dos quatro semestres, os alunos têm um projeto integrador para resolver um problema real. 

Já na FGV, o MBA da área de saúde amplia o assunto da inovação com disciplinas como processo de criação e adoção de tecnologias convergentes na saúde, que fala da transformação digital no setor, explorando conceitos de big data, analytics, internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e a jornada digital do paciente.

Organizações como Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Butantan em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP), além de hospitais como Albert Einstein e Oswaldo Cruz, já oferecem cursos específicos.

Entre as competências que mais se desenvolvem em cursos assim estão: capacidade de detectar as mudanças, tomada de decisão, a habilidade de liderar em um âmbito de franca transformação e, ligando tudo isso, uma visão sistêmica abrangente de longo prazo. 

Além de habilidades de gestão e treinar o olho no futuro, o profissional tem de saber separar o joio do trigo, alerta o professor Antônio Pazin Filho, do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats), do Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto.

“Frente à enorme quantidade de informações que surgem a cada dia, muitas vezes de qualidade questionável, uma das mais importantes competências desses profissionais é saber avaliar as novas tecnologias e sua incorporação”, pondera.

Quem cursa

Tanto na FGV, quanto no Insper, o perfil do aluno que busca especialização é de gestores (especializados ou que assumiram a gestão), consultores e profissionais de controladoria. 

Aluna do Insper, a diretora de Tecnologia de Informação Valéria Santana, 40 anos, trabalha há 13 anos no setor da saúde e tem percebido o quanto a tecnologia deixou de ser suporte para se tornar parte essencial do negócio, o que torna o curso importante para este momento. “Acredito, que entender as oportunidades reais de transformação, as dores que este setor enfrenta, todas as formas de regulação e estruturas de mercado, me posiciona de maneira diferenciada para a liderança.” 

Nos primeiros meses de curso, Valéria já consegue aproveitar debates com colegas gestores, reguladores e líderes no mercado. “A compreensão do importante papel dos órgãos reguladores na entrada de novas tecnologias no mercado é um exemplo de aprendizado que trouxe impacto direto na maneira de pensar soluções.”

NOVE ÁREAS QUE ESTÃO EM DESENVOLVIMENTO:

1. Telemedicina
Tecnologias para atendimento, monitoramento e diagnóstico a distância.

2. Engajamento do paciente
Soluções que aumentam a aderência do tratamento por meio de aplicativos, SMS e chatbots, especialmente para doenças crônicas e cirurgias.

3. Fitness & Bem-estar
Soluções que facilitam a adoção de um estilo de vida saudável por meio de oferta de produtos e serviços de alimentação saudável, exercícios físicos e bem-estar.

4. Gestão e PEP
Plataformas que possibilitam às clínicas, aos hospitais e aos laboratórios uma melhora de gestão.

5. Diagnóstico
Tecnologias para realização de exames de diagnóstico de doenças e medição de resultados clínicos, incluindo testes genômicos.

6. Farmacêutica
Soluções relacionadas a novas formas de atuação na medicina diagnóstica e farmacêutica.

7. Próteses e Órteses
Empresas inovadoras que utilizam novas tecnologias em próteses e órteses.

8. Medical Devices
Dispositivos que são utilizados por profissionais da saúde com o objetivo de diagnosticar, prevenir e tratar doenças.

9. Inteligência Artificial & Big Data
Empresas com soluções de inteligência artificial para realização de diagnóstico, apoio na tomada de decisão e soluções robóticas para atendimento remoto e próteses. Empresas que agregam e analisam altos volumes de dados para aplicações voltadas à área da saúde.

 

Fonte: Healthtech Report 2023 – Distrito

Crédito da foto: Adobe Stock

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