TROCA DE ESCOLA

Passo a passo rumo a um novo colégio

Da tomada de decisão à papelada envolvida, tudo o que pais e filhos devem fazer nesse processo sempre delicado

Por Isabela Giordan

Escolher uma nova escola para seu filho, seja o primeiro colégio ou uma mudança para outra instituição, é um grande desafio. Afinal, a escola tem um importante papel formador. “A escola não é mais responsável somente pela abordagem acadêmica, ela também ensina no convívio escolar como administrar emoções, ter flexibilidade, tomar decisões, reconhecer que há diferenças individuais e que elas devem ser respeitadas”, aponta a psicopedagoga Ana Rita Avelino Amorim.

E, apesar de não ser um bicho de sete cabeças, essa situação pode virar um contratempo para aqueles que não sabem por onde começar. Para os especialistas, o segredo para que o processo seja agradável é ter um planejamento assertivo. “É importante ter em mente que não existe escola perfeita e, em sendo um espaço coletivo, ela nunca atenderá em 100% as expectativas, pois o que cada família espera é muito específico. Portanto, deve ser feita uma análise ampla para que a decisão seja a mais assertiva”, lembra Renato Judice, diretor do Colégio Rio Branco, em São Paulo.

Confira a seguir e, nos próximas artigos, as principais etapas do processo de uma troca de escola.

A DECISÃO DA MUDANÇA

Encontrar a escola que mais se adapta às necessidades da família é um desafio, mas enxergar os sinais de que está na hora de retirar o seu filho daquele ambiente pode ser um obstáculo ainda maior. Em algumas situações, os indícios são tão discretos que é comum passar despercebido.

Alguns sinais de insatisfação com o colégio:

  • Desencontro entre os valores da família e os valores da instituição;
  • Poucas informações sobre a metodologia e linha pedagógica escolhidas;
  • Comunicação ineficaz com os responsáveis;
  • Corpo docente desatualizado;
  • Falta de organização nas atividades escolares.

Possíveis sinais da criança:

  • Mudança de comportamento repentina;
  • Recusa em ir à escola ou de realizar tarefas;
  • Queixas constantes sobre a equipe pedagógica;
  • Problemas de interação social.

“Se a criança está indo bem na rotina escolar, está integrada no grupo, tem amigos, é querida pelos professores e vai à escola feliz, será que há realmente a necessidade dessa mudança?”
Marta Gonçalves, psicopedagoga e professora do Instituto Singularidades

Em outros casos, quando a troca é motivada por questões financeiras, familiares ou até mesmo por mudança de cidade, não há escapatória. Com o apoio da família e da nova escola, a criança terá de se adaptar à nova realidade. Porém, em situações em que a motivação surge por decisão unilateral de algum dos responsáveis, é preciso avaliar a decisão com calma. “É preciso olhar as necessidades do seu filho. Se a criança está indo bem na rotina escolar, está integrada no grupo, tem amigos, é querida pelos professores e vai à escola feliz, será que há realmente a necessidade dessa mudança?”, orienta Marta Gonçalves, psicopedagoga e professora do Instituto Singularidades.

 

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