Realizada na quinta (18) em formato online, a cerimônia de anúncio dos vencedores da 6ª edição do Finanças Mais Estadão reconheceu os três primeiros colocados em cada uma das 17 categorias. Ao agradecer pelo primeiro lugar na categoria Bancos – Varejo, o CEO do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., afirmou que a conquista é ainda mais importante por se tratar de um período com grandes desafios. “Ainda assim, endereçamos aumento da escala de atuação, diversificação das receitas e investimentos intensivos em tecnologia”, ele descreveu.

A Caixa Seguridade celebrou a liderança na categoria Seguros Gerais. O diretor-presidente, André Nunes, lembrou que a empresa entrou numa nova fase a partir da abertura do capital, em abril de 2021. “O prêmio é um reconhecimento de que trilhamos o caminho certo com a remodelagem total do negócio”, avaliou o executivo. A boa fase identificada pelo Finanças Mais em 2021 continua: os nove primeiros meses de 2022 foram suficientes para que a companhia conseguisse ultrapassar os resultados do ano anterior, que já havia sido o melhor de sua história.

O Bradesco Saúde obteve o melhor desempenho na categoria Seguro Saúde. “No momento em que os brasileiros tomam consciência sobre a importância de priorizar esse benefício, ficamos felizes com o reconhecimento ao nosso trabalho”, disse o presidente, Manoel Peres. Na categoria Seguro Auto, a Tokio Marine surgiu no topo do pódio pela quinta vez nos seis anos de existência do Finanças Mais. Marcelo Goldman, diretor executivo de produtos massificados, fez questão de dedicar o prêmio aos 2.300 colaboradores e 37 mil corretores e assessores que trabalham com a seguradora.

No segmento Financeiras, o grande destaque foi o Santander Financiamentos, que conquistou duas categorias, Geral e Varejo. “Esses prêmios representam o coroamento da jornada de quase 60 anos pensando em estar com os melhores produtos financeiros para ajudar nossos parceiros de negócios”, disse o diretor, André Novaes. Já no segmento Capitalização o primeiro lugar ficou com o Bradesco Capitalização. “Estar entre os destaques de uma premiação tão importante é motivo de muito orgulho e incentivo para seguirmos com nossa trajetória de trabalho em busca da excelência”, afirmou o superintendente executivo, Douglas Duran.

PEC da Transição

Além do anúncio dos vencedores, a cerimônia de premiação do Finanças Mais Estadão teve também o painel “Rumos do Brasil 2023”. Com a proposta de debater as movimentações a partir dos resultados da eleição presidencial, o painel acabou sendo coincidentemente realizado sob o calor da apresentação da minuta da PEC da Transição pelo vice-presidente de Lula, Geraldo Alckmin, ao Senado Federal, feita na véspera. Os três convidados do painel, conduzido pela jornalista Karla Spotorno, foram unânimes em interpretar a minuta da PEC como uma sinalização negativa de um possível descontrole fiscal.

Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse Brasil, lembrou que os mercados temem a insustentabilidade da dívida pública brasileira – que, de acordo com previsões apresentadas por Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, pode saltar dos atuais 78% para mais de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) se a PEC for aprovada na íntegra, enquanto a média dos países emergentes fica na casa dos 60%. Para Carlos Kawall, sócio-fundador da Oriz Partners, a PEC indica a ideia de uma ampliação do gasto público apoiado num provável aumento da carga tributária, combinação que pode comprometer o crescimento da economia brasileira.

No mesmo dia, diante das muitas reações adversas – inclusive nos indicadores do mercado financeiro –, Alckmin apressou-se em esclarecer que a PEC foi pensada como medida emergencial para assegurar a exclusão do Bolsa Família do teto de gastos, enquanto um novo arcabouço fiscal é desenhado para o País. O vice-presidente eleito afirmou que o governo Lula será fortemente comprometido com a responsabilidade fiscal – para alcançar o equilíbrio, as apostas são revisar todos os gastos do governo e aprovar, finalmente, a tão esperada Reforma Tributária.

Critérios de avaliação

Na metodologia desenvolvida pela Austin, os bancos são avaliados em três pilares: crescimento, liderança de mercado e desempenho. Para mensurar o crescimento, a referência são os principais números do balanço patrimonial. O nível de liderança do mercado é obtido a partir da relação entre o total de ativos da instituição e o total de ativos do segmento. Já o desempenho é resultado do cruzamento de indicadores relacionados a solidez, qualidade do ativo, rentabilidade e custo.

As seguradoras são avaliadas pela combinação entre o desempenho e os resultados do balanço patrimonial, enquanto as melhores corretoras/distribuidoras, empresas de leasing e financeiras são definidas com base nos índices de crescimento, patrimônio líquido e desempenho. O ranking das empresas de capitalização é estabelecido com base na análise de porte e do crescimento, além de liderança de mercado e desempenho.