Bancos de investimento apresentam receita recorde em meio aos múltiplos desafios dos últimos anos
O terceiro trimestre de 2022 foi o terceiro consecutivo em que o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, bateu seus recordes de receita e lucro líquido. Esses resultados evidenciam o quanto a instituição, destaque principal da categoria Bancos – Atacado e Negócios do Finanças Mais, tem conseguido superar os desafios dos últimos tempos, marcados por incertezas e alta volatilidade.
Não se trata de uma novidade na trajetória do BTG Pactual: fundado em 1983, o banco tem um histórico de boa performance independente do cenário macro. E motivos para incertezas não faltaram de 2020 para cá: pandemia, guerra na Ucrânia, inflação, cenário político polarizado e tenso no Brasil.
Mesmo com tudo isso, as receitas do BTG Pactual cresceram 24% nos últimos 12 meses, chegando a R$ 13,6 bilhões nos nove primeiros meses do ano, enquanto o lucro líquido cresceu 28% e alcançou R$ 6,5 bilhões nos mesmos períodos. O retorno ajustado sobre o patrimônio (ROAE) foi de 21,5% e o Índice de Basileia – referência internacional que avalia o risco de se investir numa instituição, considerando-se a proporção entre dinheiro próprio e capital de terceiros – fechou o trimestre em 15,2%, patamar considerado bastante seguro pelo mercado. O banco celebrou recentemente a marca histórica de R$ 1 trilhão de recursos de clientes sob sua gestão e administração.
“Nossos negócios estão cada vez mais diversificados e recorrentes, com maior contribuição das franquias de clientes e crescente alavancagem operacional a cada trimestre”, afirma Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual. Hoje, a instituição conta com mais de 4,8 mil colaboradores em escritórios espalhados pelo Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Peru, México, Estados Unidos, Portugal e Inglaterra. “Continuaremos focados em garantir excelência e inovação nos serviços prestados e no atendimento aos nossos clientes e parceiros, e no retorno consistente aos nossos acionistas”, conclui o executivo.
Disrupção e crescimento
O segundo lugar da categoria ficou com o Citibank, uma grande corporação global, com mais de 200 anos de história e presença em 95 países – são 200 milhões de contas de clientes e movimentações diárias na casa de US$ 4 trilhões. No Brasil, o Citi opera desde 1915 e oferece uma ampla gama de serviços bancários para clientes corporativos, institucionais e de altíssimo patrimônio. Atua também como assessor financeiro de grandes empresas nos mais diversos setores.
O Citi Brasil fechou o primeiro semestre de 2022 com lucro líquido de R$ 963 milhões, crescimento de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em atenção ao crescente apelo por sustentabilidade, o banco criou há mais de dez anos uma área global dedicada a implementar as melhores práticas ambientais para os seus clientes e para as comunidades. Com isso, tem forte presença nas principais operações ESG realizadas no mercado brasileiro.
O terceiro lugar na categoria ficou com o Modal. Fundada em 1996, no Rio de Janeiro, a instituição se consolidou como um banco de investimento com forte atuação em estruturação, coordenação de grandes operações no mercado nacional e parcerias estratégicas com os principais agentes e líderes internacionais. O negócio foi sendo gradualmente ampliado, com a combinação entre operações típicas de um banco e a atuação de uma corretora.
No ano passado, o Modal abriu capital na bolsa e recentemente passou a fazer parte do grupo XP, operação aprovada em julho pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “O Banco Modal e a XP estão convictos de que o mercado brasileiro tem enorme potencial de disrupção e crescimento, e que esta combinação de negócios viabilizará a aceleração desse processo”, afirmou o comunicado distribuído pelo Modal na ocasião.