Em busca de maior eficiência, instituições ampliam os atendimentos pelos canais digitais e reduzem a estrutura física
O Bradesco foi a primeira empresa da América Latina a comprar um computador, em 1962. Essa ligação íntima com a tecnologia continua guiando as estratégias do banco, a tal ponto de ter nomeado a transformação digital como um dos quatro pilares que guiarão a companhia rumo ao futuro – ao lado de clientes, funcionários e sustentabilidade. “Hoje, 98% das transações do banco já são realizadas por canais digitais, enquanto as estruturas físicas vêm sendo gradualmente reduzidas – nos últimos três anos, o número de agências caiu de 4,5 mil para 2,8 mil. O número de transações financeiras realizadas por mobile e internet chegou a 2,2 bilhões nos primeiros nove meses de 2022, quase 150% a mais do que os 900 milhões de operações registradas no mesmo período de 2020. Muito desse crescimento pode ser credenciado ao sucesso da BIA (acrônimo de Bradesco Inteligência Artificial), chatbot de atendimento do banco que já ultrapassou a marca de 1,5 bilhão de interações desde que foi lançado, no final de 2018. O sistema representa, no entanto, apenas uma parte dos R$ 6,9 milhões em tecnologia que serão investidos este ano pela empresa.
Números superlativos
Com 88,8 mil funcionários, o Bradesco está se preparando para celebrar os 80 anos em 2023. A grande missão é manter o espírito jovem e inovador, ainda que surjam inevitáveis dificuldades pelo caminho. “Superamos períodos desafiadores, com mudanças econômicas globais recentes e seus efeitos em todos os mercados. Nossa linha de trabalho foi e continua sendo resiliência, eficiência e qualidade”, diz o CEO, Octavio de Lazari Jr.
Outra instituição que se destaca no Finanças Mais é o Itaú. Com 100,4 mil funcionários, no Brasil e no exterior (está presente em 18 países), o banco alcançou valor de mercado de US$ 52,6 bilhões no início de novembro e é considerado a marca mais valiosa do Brasil pelo ranking Interbrand – R$ 40,5 bilhões.
O Itaú também vem ampliando rapidamente a participação das interações digitais – de 71% no terceiro trimestre de 2020 para 92% no mesmo período de 2022 –, o que permite a redução gradual da estrutura física. Do início de 2019 para cá, duas em cada dez agências no Brasil foram fechadas.
O pódio da categoria Bancos – Varejo do Finanças Mais é completado pelo Basa, o Banco da Amazônia S/A. Com 119 agências, a instituição atua nos nove estados da Amazônia Legal, além da capital de São Paulo. Maior agente financeiro do governo federal da região amazônica para promoção do desenvolvimento regional, completou 80 anos em julho de 2022.
A data foi celebrada com um feito histórico – lucro líquido de R$ 439,2 milhões no primeiro semestre, crescimento de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior, maior resultado para a primeira metade do ano já obtido pela instituição. Essa evolução foi impulsionada principalmente pela ampliação das atividades relacionadas ao agronegócio e pelo crédito às micro e pequenas empresas.