Hoje, todo negócio depende, em alguma dimensão, da presença nas redes sociais. Só que não é possível, nem indicado, atuar ao mesmo tempo em todas as frentes. Deve-se fazer escolhas, priorizando as redes mais alinhadas ao perfil, setor e porte do negócio. “Há um critério central que precisa ser seguido: estar onde os seus clientes estão”, diz o consultor e professor Fernando Souza, autor do livro Metaverso e Web 3.0 – Que mundo é esse?. Ele desenhou o perfil das redes que, em maior ou menor intensidade, entraram para o nosso cotidiano.
Orkut
Primeira rede social frequentada pelos brasileiros. Enquanto as pessoas se conectavam com os amigos, do presente e do passado, empresas de todos os portes ganhavam visibilidade por meio da nova ferramenta de marketing. Em abril do ano passado, seu fundador, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten, causou frisson ao reativar o site oficial da rede e deixar um recado de até breve.
Twitter (atual X)
Com o apelo da agilidade, atraiu empresas de setores ligados a informações instantâneas, como mídia e mercado financeiro, e tornou-se o “habitat” dos profissionais de tecnologia. Trouxe inovações como a timeline e a lógica de seguidores.
Semelhante ao Orkut, apropriou-se do conceito de timeline introduzido pelo Twitter. Atraiu um grande número de pessoas e, em consequência, de marcas e empresas. Hoje, frequentada por um público mais maduro, está voltada especialmente a negócios de nicho, a partir da reunião do público-alvo em grupos.
Focado no mercado corporativo, é a rede por excelência para fazer negócios B2B e networking profissional – e, a partir desses contatos, aproximar-se da possibilidade de fechar negócios. É frequentada especialmente por executivos, funcionários de grandes empresas e empreendedores em busca de conexões.
YouTube
A plataforma de vídeos é, também, o segundo maior buscador do mundo, atrás apenas do Google. Para que uma empresa consiga impulsionar os negócios, precisa produzir vídeos profissionais, com publicação frequente.
Popular na Europa, tornou-se mais nichado e visual no Brasil, onde é frequentado por um público interessado em moda, viagens, arquitetura, gastronomia e lifestyle. Assim, faz sentido para uma marcenaria artesanal estar no Pinterest, mas não para uma empresa do mercado financeiro.
Snapchat
Criador do conceito de “autodestruição” do conteúdo depois de 24 horas, chegou a alcançar alguma popularidade no Brasil, mas perdeu força com o lançamento dos Stories pelo Instagram. Nos Estados Unidos ainda é muito usado pelos jovens.
Ocupa o posto de atual “queridinho” entre as redes sociais. Grande parte dessa preferência está relacionada à oferta ampla de conteúdo de perfil multifacetado, com timeline, stories e reels. É visto como fundamental para o posicionamento de uma marca em boa parte dos mercados. Deve-se trabalhar com conteúdo diário e, de preferência, em vídeo.
Tornou-se relevante para os negócios, especialmente de pequeno e médio porte, como canal de atendimento e de suporte ao cliente. Pode oferecer, também, o catálogo de produtos e o envio de novidades por listas de transmissão. Exige, no entanto, atendimento prioritário e cuidadoso.
TikTok
Livrou-se do estigma de ser uma rede apenas de “dancinhas”. Hoje, o conteúdo é bem mais diversificado. É indicado para micro, pequenas e médias empresas e também para as voltadas ao público jovem e dispostas a utilizar uma linguagem descontraída.
Threads
Caçula das redes sociais, é parecida com o X (ex-Twitter), só que dentro do universo da Meta, dona do Facebook, do Instagram e do LinkedIn. Quando uma pessoa ou empresa se cadastra no Threads, pode levar automaticamente os seguidores do Instagram – sacada importante para que o perfil não tenha de partir do zero.
Crédito dos ícones: Pixel Perfect – Flaticon