A New Era, renomada fabricante de bonés e associada aos principais esportes americanos, está mirando o Brasil como um ponto central para expandir seus negócios na América Latina. Com mais de 50% do faturamento regional proveniente do país, a empresa planeja aumentar sua presença com a abertura de 150 lojas até o final de 2024, focando no varejo direto ao consumidor. Este movimento marca uma mudança estratégica, deixando de lado a distribuição por canais secundários para se conectar diretamente com os clientes, promovendo um estilo de vida americano e diversificando seu catálogo para além dos bonés.
A expansão no Brasil não se limita apenas às lojas físicas, mas também inclui parcerias com estilistas locais, como Alexandre Herchcovitch, para ampliar o catálogo de moda. Enquanto os bonés continuam a ser o carro-chefe da marca, a venda de chapéus e outros itens de moda representa metade do negócio no país. Além disso, a empresa está fortalecendo sua presença online, com 10% das vendas ocorrendo através do e-commerce. Especialistas observam que a estratégia de franquias pode acelerar o crescimento da New Era no mercado brasileiro, onde a marca se estabeleceu com uma aura aspiracional, diferente de sua posição nos Estados Unidos, onde é amplamente associada aos esportes.
De olho nessa conexão, a New Era prepara o lançamento do seu programa de relacionamento com os clientes através de um aplicativo para celulares, que conecta os consumidores da marca pelo País. A expectativa é de que o programa de fidelidade traga benefícios exclusivos e experiências locais. “Essa será a forma de nos conectar com os nossos clientes e fãs”, diz o responsável pelas operações no Brasil, Regen.
Assim como outros nomes do mercado que investiram na expansão dos negócios no Brasil – como Oakley, Quiksilver e Lacoste -, a New Era também se transformou em um alvo para as falsificações de produtos, comercializados ilegalmente pelo País.
Em uma reportagem do jornal The New York Times, o principal boné da New Era, do New York Yankees, virou notícia pelo seu alto índice de falsificação no País, levando o boné com o clássico “NY” estampado à mão dos brasileiros, mas sem que boa parte desse público reconheça o produto como uma réplica de um item da New Era.
Matéria produzida pelo jornalismo do Estadão e sintetizada por IA. Fonte: www.estadao.com.br
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