ENSINO SUPERIOR
Uma década de transformações no ensino superior
Dos alunos aos professores, dos cursos às instituições, muita coisa mudou nas universidades em 10 anos. Conheça a nova cara da nossa graduação
21/10 no digital, 27/10 especial no impresso
Por Lara De Novelli
Se na época em que os baby bommers (1940 – 1959) chegavam à universidade havia o dilema entre seguir a profissão escolhida pelos pais ou a vocação, a geração X (1960 – 1979) enfrentava o desafio de escolher um caminho que garantisse acima de tudo a segurança financeira, ou seja, uma profissão que pudesse prover o sustento da família. Já para os millenials (1980 – 1994) a questão era outra: eles valorizavam o dinheiro e o conforto, é claro, mas queriam escolher um caminho que trouxesse satisfação não apenas financeira. Realização pessoal e tempo livre estavam na sua lista de prioridades.
Há quem diga que a vida dos vestibulandos zoomers (nascidos entre 1995 e 2010) é moleza, afinal eles têm acesso a mais recursos e até a novas profissões, que décadas atrás sequer tinham sido inventadas. O senso comum garante, ainda, que para eles é tudo muito mais fácil – será?
Nas reportagens desta edição, vamos tentar entender o que mudou nos últimos anos, tanto entre os estudantes, quanto nas universidades. Os alunos são mais diversos e os cursos, menos presenciais; as instituições, mais descentralizadas; as metodologias, interdisciplinares e com o desafio de desenvolver profissionais técnicos, tecnológicos, autônomos, críticos, mas também empáticos, corajosos, comunicativos, seguros, generosos, organizados e ousados. E inovadores, muito inovadores.
As mudanças não se dão à toa nem chegam sozinhas, mas por pressão e necessidade da sociedade. Quem está entrando na faculdade agora deve ingressar no mercado de trabalho como especialista um pouco antes da virada para a próxima década.
A urgência e a velocidade das mudanças tanto encantam como assombram as gerações. Como e quão ainda mais complexo será o mercado de trabalho nesse futuro próximo? O que vai ser exigido dos profissionais?
O que não muda é que o mundo continua tão desafiador quanto fascinante para os X, os Y e os Z.
Foto: Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – USP (Cibele Barreto)
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