Depois de um recuo de 2,1% em 2020 na comparação com 2019, o setor de seguros automotivos começa a dar sinais de recuperação. No primeiro semestre deste ano, a área acumula alta de 6,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, saindo de R$ 16,3 bilhões para R$ 17,4 bilhões segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). “Ano passado, com a pandemia, o setor apresentou uma diminuição sensível. Este ano começou melhor, o crescimento deve chegar a um dígito, com reaquecimento da indústria automotiva”, avalia Walter Pereira, presidente da comissão de automóvel da FenSeg.

A simplificação das regras para seguros de automóveis também deve contribuir para o melhor desempenho do setor. Desde o início de setembro, está em vigor a Circular 639/2021, da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que tem como objetivo promover a inclusão e desenvolver o mercado, com produtos mais flexíveis e ajustados às necessidades do consumidor. A Susep passou a permitir a estruturação de cobertura de casco abrangendo, de forma isolada ou combinada, diferentes riscos como furto, roubo, colisão ou incêndio. A possibilidade de contratação do seguro de responsabilidade civil facultativa em nome do condutor, sem a vinculação com um veículo específico, a contratação de coberturas parciais e a formatação de combos, abrangendo diferentes situações de risco do veículo, são alguns pontos previstos nas regras.

Para a FenSeg, com normas mais flexíveis, fica aberto o caminho para ampliação da base de segurados, com produtos mais ajustados às necessidades do consumidor. “Neste aspecto, o normativo traz benefícios significativos para o consumidor e para o mercado de seguros como um todo. O ambiente regulatório mais flexível está alinhado às melhores práticas internacionais envolvendo o seguro auto. A padronização de produtos deixa de ser a forma clássica de atuação das seguradoras. A circular estimula a criação de novos produtos, com claro ganho de eficiência. O resultado é o aumento da competitividade e da inovação no segmento”, afirmou à época da publicação da circular o presidente da FenSeg, Antonio Trindade.

 

Sem carro próprio

A chegada dos carros por assinatura também deve movimentar o setor de seguros de veículos. “A modalidade por assinatura veio para ficar e a lei do compartilhamento mais cedo ou mais tarde vai existir aqui no Brasil também e teremos um seguro que atenda esse público”, avalia Pereira.

“Estamos bem antenados em relação a essas mudanças e sempre pensando em como atender todos os públicos. Pela qualidade da companhia, algumas montadoras já nos elegeram como parceiros em carros por assinatura e algumas outras estão em negociação”, diz Marcelo Goldman, diretor executivo de produtos massificados da Tokio Marine, líder na categoria seguro de automóvel no ranking Finanças Mais. “Temos condições de formatar produtos rapidamente e cada oportunidade é estudada com muito afinco. Além das mudanças de mercado, também enxergamos que as mudanças recentes elaboradas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) para o seguro automóvel trarão grandes oportunidades e assim teremos várias novidades pela frente”, complementa o executivo.

“Esta é a quarta vez que conquistamos o primeiro lugar na categoria seguro de automóvel. Além dos títulos de 2017, 2019 e 2020, a Tokio Marine foi a segunda colocada do ranking de 2018. Dessa maneira, figuramos em todas as edições da premiação, o que é motivo de muito orgulho para a companhia”, comemora Goldman.

O executivo destaca que, no ano passado, a empresa conquistou a marca de 2 milhões de veículos segurados na carteira de automóvel, 100 mil itens mais do que a frota segurada de 2019. “Desenvolvemos uma série de novas coberturas e Ingressamos no mercado de seguros para motos. Hoje temos aproximadamente 2,2 milhões de veículos segurados na carteira de automóvel e market share em torno de 10%, com um portfólio completo que atende os mais diversos perfis de clientes e cabe em todos os bolsos”, explica o representante da Tokio Marine.

 

Cresce procura por seguro de vida

Em tempos de pandemia, a categoria de seguro de vida registrou um crescimento de 4,9% no ano passado na comparação com os dados do ano anterior. No primeiro semestre deste ano, a alta é de 16,31% em relação ao mesmo período de 2020, conforme dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

O setor vem apresentando crescimento histórico bastante sólido nos últimos anos e em 2017 ultrapassou o seguro de automóveis, que é o mais massificado. “O seguro de pessoas é um produto que apresenta sempre crescimento positivo e nos últimos 10 anos tem ficado acima de outros indicadores econômicos. É uma tendência consolidada e que foi reforçada pela pandemia”, avalia Ana Flávia Ribeiro, presidente da comissão de produtos de risco da FenaPrevi. Segundo ela, a indústria tem trabalhado para popularizar esse produto e o crescimento sólido traduz isso. “Inequívoca a importância do seguro como uma das ferramentas de proteção para as pessoas em geral”, diz.

“Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, o seguro de vida é uma proteção que pode e deve ser usufruída em vida, sendo parte essencial de um planejamento financeiro consistente. Todos nós estamos sujeitos a imprevistos, e é nesses momentos que geralmente nos damos conta da necessidade de termos uma rede de segurança que possa amparar e dar tranquilidade a nós mesmos e a nossos familiares”, diz Jorge Pohlmann Nasser, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, líder no ranking Finanças Mais na categoria Vida.

O executivo explica que, apesar de muitos relacionarem o seguro de vida somente com a morte, as coberturas hoje englobadas por esse produto vão muito além, deixando as pessoas menos vulneráveis financeiramente em situações do cotidiano, como no caso de doenças graves, por exemplo. “Uma das principais transformações recentes do seguro de vida diz respeito à mudança do conceito de proteção para o de prevenção, ou seja, para a contratação de coberturas que antecipam riscos e passam a ser parte integrante de um planejamento financeiro mais completo e consistente.”

Segundo ele, um bom exemplo dessa nova concepção é o recém-lançado Seguro Vida Viva Bradesco, que oferece coberturas e assistências totalmente personalizáveis para proteção individual e familiar. “Com ênfase em benefícios que possam ser usufruídos em vida, o novo seguro oferece coberturas para doenças graves, doenças congênitas de filhos, perda de renda por desemprego involuntário e diária de incapacidade temporária, entre outras”, diz.

“É uma honra sermos apontados como destaque em seguro de vida pela premiação. Em anos tão desafiadores como os de 2020 e 2021, receber esse reconhecimento é a prova de que estamos no caminho certo, oferecendo soluções completas para todos os segurados. Entendemos o seguro de vida como uma alternativa indispensável para o planejamento financeiro, visando à conquista de um futuro com qualidade de vida e bem-estar”, afirma o executivo.