Foto de Anete Lusina no Pexels

Desde sua estreia em novembro de 2020, o Pix trouxe facilidades para os usuários e, consequentemente, promoveu uma revolução na vida dos brasileiros. Criado pelo Banco Central, o sistema de pagamento instantâneo ficou conhecido por permitir a substituição de cartões, TED, DOC e boleto, principalmente em operações financeiras realizadas por meio do celular.

Com as facilidades oferecidas, a ferramenta se popularizou rapidamente. Tanto que, atualmente, o serviço brasileiro de pagamentos instantâneos já superou outros meios mais antigos. Ao menos é o que demonstra o documento Pix: O Novo Meio de Pagamento Brasileiro, do próprio Banco Central, divulgado em maio deste ano.

Dados destacados no documento comprovam que as operações com o sistema de pagamento instantâneo ultrapassaram as realizadas com DOC e TED somadas. Além disso, a quantidade de Pix em março superou a de boletos liquidados.

Para falar sobre o sistema de pagamento instantâneo e suas evoluções, o jornalista Roberto Lira entrevistou para o Finanças Mais Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, agência nacional de classificação de risco de crédito e parceira do Estadão na elaboração dos rankings do Finanças Mais e do Empresas Mais.

A entrevista completa você pode acompanhar abaixo:

Benefícios

Certamente, a chegada do Pix contribuiu e mudou a rotina das instituições financeiras, que precisaram se adaptar às mudanças. Agostini acredita que dois fatores principais contribuíram para a grande aceitação da nova forma de pagamento.

De um lado, a pandemia do coronavírus fez com que as pessoas precisassem utilizar cada vez mais os smartphones para acessar determinados serviços financeiros. Por outro, a nova geração, com uma familiaridade muito maior com as novas tecnologias, com as inovações que elas proporcionam. “O Brasil tem uma grande e boa segurança digital, o que acaba ajudando também o País a se tornar um laboratório.”

Segundo Agostini, o Pix também tem um papel importante para aproximar do sistema financeiro pessoas que até pouco tempo não tinham relação com os bancos. “Essa nova realidade financeira no Brasil é boa e ajuda na competição, pois desenvolve novos produtos, reduz custos e tira do anonimato pessoas mais humildes que desejam participar da vida financeira no País.”

Evolução

Em constante evolução, o Pix segue agregando novas funcionalidades e aprimorando os serviços ofertados. No dia 23 de julho, especialistas do Banco Central explicaram o impacto da chegada dos “iniciadores de pagamento” ao sistema.

Na prática, a atualização permitirá a realização de compras online e transferências sem a necessidade de se conectar ao aplicativo do banco para efetivar a transação. Além dessa, o sistema deverá receber uma série de novas funções ainda no segundo semestre de 2021, como o Pix agendado, o Pix saque e o Pix troco.

Agregar novas funcionalidades ajuda na democratização do serviço. Entretanto, Agostini acredita que a adesão às novidades deve levar um pouco mais de tempo. “Acho que vão demorar um pouco mais para conquistar a confiança e adesão da população.”

Por fim, ele destaca também a importância em melhorar a infraestrutura em telecomunicações no Brasil, para que as pessoas realmente consigam cada vez mais explorar as inovações disponíveis com qualidade e segurança.