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Notícia
Por Malu Mões e Lais Romagnoli – editada por Mariana Colini
Como despertar o interesse de crianças e adolescentes pela natureza que os cerca? Em São Paulo, a St. Paul’s School — escola britânica que completa 100 anos em 2025 — decidiu responder a essa pergunta transformando seus jardins em um espaço de aprendizagem ativa sobre a biodiversidade brasileira.
Com projeto assinado pelo botânico Ricardo Cardim, a escola implementou o que ele chama de “paisagismo educacional”: áreas verdes que integram disciplinas como biologia, geografia, sustentabilidade e cidadania ao cotidiano dos estudantes. “É um paisagismo que acompanha a formação dos alunos ao longo dos anos, conectando conhecimento acadêmico à vivência com a natureza”, afirma Cardim.
Entre as iniciativas, destaca-se a criação de um pequeno palmital — espécie nativa e ameaçada de extinção, conhecida por atrair aves como o tucano. “Ela é considerada a palmeira-mãe da Mata Atlântica, o restaurante da floresta. Ao plantar juçaras, estamos trazendo os pássaros de volta, e com eles, o encantamento e a curiosidade dos alunos”, diz o botânico.
Além de estimular o aprendizado e o vínculo com o meio ambiente, o novo paisagismo melhora o microclima ao redor da escola, com mais sombra, ar puro e umidade. Oficinas de jardinagem e aulas ao ar livre completam a proposta pedagógica.
Segundo o diretor Titus Edge, o projeto surgiu das reflexões sobre como celebrar o centenário da instituição. “Queremos mais do que comemorar: buscamos deixar um legado para a cidade. Que nossos alunos cresçam valorizando o meio ambiente e compreendendo a importância de preservá-lo.”
St. Paul’s School usa paisagismo para ensinar preservação da biodiversidade brasileira
Foto: Cardim Arquitetura Paisagística