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Artigo
Por Diego Brito
O processo de educação e aprendizagem não acontece apenas em sala de aula e vai além das atividades realizadas com apostilas, cadernos, tablets e livros, principalmente quando os alunos passam o dia em escolas que disponibilizam educação integral. São as chamadas atividades extracurriculares, aquelas que geralmente são realizadas no contraturno e que deixam a rotina do estudante mais dinâmica e interessante, ajudando a aumentar o período de permanência dos alunos na escola.
O colégio Anglo Leonardo da Vinci, de São Paulo, oferece, desde a educação infantil até o 9º ano do ensino fundamental, aulas de música, teatro, artes visuais, balé, jazz, circo, futebol, natação, judô, vôlei e esportes de aventura.
A diretora pedagógica da unidade, Adriana Gobbo, explica que as atividades extracurriculares ajudam no desenvolvimento de habilidades socioemocionais como liderança, empatia e trabalho em equipe, e que seus benefícios são indiscutíveis. “Os alunos aprendem a gerenciar melhor o tempo, tornando-se mais autônomos e disciplinados. Isso resulta em estudantes mais engajados, com uma visão mais ampla do mundo e preparados para enfrentar desafios diversos”, explica.
A psicopedagoga Bianca Haddad, da PUC-RJ, afirma que investir nessas atividades que vão além do currículo obrigatório é um passo importante na preparação dos jovens para a vida. “Eles aprendem a se comunicar, a respeitar as diferenças e a colaborar. Essas experiências incentivam a empatia e a liderança, pois os alunos têm a oportunidade de expressar suas opiniões e trabalhar juntos em projetos.” Além disso, engajar os estudantes em atividades culturais e esportivas fora da sala de aula traz ganhos também para seu desenvolvimento motor e neurológico.
Implementação
Especialistas afirmam que um dos maiores desafios enfrentados pelas escolas ao implementar o ensino integral é equilibrar as demandas acadêmicas e extracurriculares, e assim garantir que ambos contribuam para o crescimento dos alunos sem sobrecarregá-los. “Há também a necessidade de adaptação constante às novas demandas dos alunos e às mudanças sociais. Além disso, manter uma equipe multidisciplinar qualificada para oferecer tanto ensino acadêmico quanto atividades extracurriculares de alta qualidade é fundamental, mas tem a sua complexidade”, explica a diretora Adriana Gobbo.
A importância do esporte
É essencial que os jovens escolham atividades extracurriculares que gostem e deem prazer, mas o esporte é sempre uma boa pedida. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças e adolescentes de 6 a 19 anos de idade façam pelo menos 60 minutos diários de atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa (que são aquelas que fazem a respiração acelerar e o coração bater mais rápido). Os benefícios para a saúde são inúmeros: menor risco de obesidade, diabete, hipertensão, ansiedade, depressão e insônia, entre outros.
Foto: Adobe Stock