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Como escolher a escola ideal para seu filho

Projeto pedagógico, currículo, rotina escolar, infraestrutura e segurança são alguns aspectos a ser levados em conta

28 de setembro de 2024

Por Patrícia Giuffrida

O momento de escolher a escola do filho é marcante para a maioria dos pais. Quando a criança é pequena, geralmente a decisão é dos cuidadores, de olho no que melhor combina com o estilo e as aspirações da família. Quando começou a procurar uma instituição para matricular a filha, Alice, de 6 anos, a nutricionista Marcela Riccioppo Garcez Molina levou em conta o projeto pedagógico, que é a forma como a instituição de ensino enxerga a educação, o que espera de seus alunos e quais os caminhos irá percorrer para que esse aprendizado seja alcançado. “Acreditamos que uma base concisa de educação nessa idade traz um futuro com mais oportunidades e possibilidade de escolhas”, conta. A menina está matriculada no 1º ano do ensino fundamental do Colégio Visconde de Porto Seguro, de São Paulo.

Além disso, Marcela se dedicou para que a adaptação da filha ao ensino fundamental 1 fosse feita de forma cuidadosa. “Foi uma transição bem tranquila. A escola fez uma integração antes do período letivo, proporcionando uma ambientação de todo o local e das novas pessoas”, completa.

Pais em busca de informações detalhadas podem consultar o Guia de Colégios 2024, feito em parceria com a edtech Melhor Escola. A ferramenta, baseada no Censo da Educação Básica 2023, facilita a avaliação de opções, considerando dados gerais e sobre infraestrutura de escolas de todo o País. A seguir, confira os melhores critérios para selecionar uma instituição de ensino de acordo com cada segmento escolar.

Educação infantil: Socialização e acolhimento
“As famílias devem buscar instituições de ensino que proponham experiências que respeitem as múltiplas linguagens da criança, promovendo aprendizagem ativa e participativa, em ambiente acolhedor e de socialização. Também que valorize o brincar como um direito essencial, para garantir que elas possam ter um desenvolvimento pleno, emocional e cognitivo”, diz Ana Paula Azevedo, coordenadora de Projetos do Colégio Rio Branco, de São Paulo.

Infraestrutura e segurança também devem entrar nessa equação. Os espaços precisam ser adequados aos pequenos. “O que importa é como eles são utilizados no cotidiano das crianças”, alerta Ana Paula.

Ensino fundamental: Desenvolvimento de habilidades
Nessa fase, é importante dar maior peso ao projeto pedagógico. Além disso, as famílias devem prestar atenção no material didático utilizado, no currículo (se é regular ou integral) e no processo de avaliação, segundo Angela de Cillo Martins, diretora pedagógica do Colégio Dante Alighieri, de São Paulo.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, que vão do 1º ao 5º ano, os alunos precisam desenvolver habilidades básicas, como pensamento crítico, criatividade, resolução de problemas, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). É necessário que tudo isso esteja previsto na proposta pedagógica do colégio. “É importante que as famílias verifiquem se a escola tem práticas que incentivam o hábito da leitura, como projetos literários e bibliotecas acessíveis”, explica a diretora do Dante Alighieri, que também considera essencial observar como a escola se comunica com a família e de que forma compartilha a evolução de aprendizagem dos alunos.

Já nos anos finais do ensino fundamental, que compreende o 6º, 7º, 8º e 9º ano, é importante que a escola ofereça um currículo que incentive a autonomia, o pensamento crítico, a pesquisa, o desenvolvimento de projetos e o uso de tecnologias e ferramentas digitais. Outro ponto importante é a formação acadêmica, que deve estar alinhada ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais. “Nessa fase, os estudantes estão no processo de transição da infância para a adolescência, momento marcado por transformações biológicas, emocionais e sociais.”

Ensino médio: Preparação para o futuro
Nessa etapa, as famílias devem observar se a escola trabalha com Projeto de Vida (leia a reportagem acessando o QR code) e orientação vocacional. O currículo deve ser robusto e focado nas escolhas de carreira do aluno, com preparação para vestibulares e exames como o Enem. “Atividades extracurriculares, como esportes, artes e tecnologia, também são importantes, pois ajudam a desenvolver habilidades além do currículo tradicional”, afirma Marco Antonio Xavier, diretor do colégio Anglo Leonardo da Vinci, de São Paulo.

“Também é muito importante incluir a opinião do aluno no processo de decisão da escolha da escola. Levar em consideração suas preferências e sentimentos pode impactar diretamente no seu bem-estar e na adaptação”, conclui o educador.

Foto: Cibele Barreto

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