Unicamp projeta inclusão de novos cursos

Proposta de criar quatro novas graduações, com 172 vagas, é avaliada pela universidade

Por Isabela Moya - editada por Mariana Collini

14 de abril de 2025

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) planeja a criação de quatro novos cursos: Direito, Fisioterapia, História (noturno) e Licenciatura em Inglês. O Conselho Universitário, órgão máximo da instituição, aprovou, na terça-feira, 8, a abertura do processo para a abrir as graduações, que ainda precisam ser aprovadas por outras comissões para serem oferecidas.

Direito: serão 50 vagas e 40 professores.
Fisioterapia: 40 vagas e 13 professores.
Licenciatura História (noturno): 52 vagas e 10 professores.
Licenciatura em Inglês: 30 vagas e 11 professores.

Sobre o curso de Direito, a universidade disse que ainda não definiu uma localização. Já a criação do curso noturno de História era uma reivindicação antiga de estudantes e docentes. O curso de Habilitação em Inglês, por sua vez, ampliará o potencial de internacionalização da universidade, segundo as expectativas da instituição.

Dentre as três universidades estaduais de São Paulo, a Unicamp é a que oferece o menor número de cursos. São 69 cursos – ante 183 da Universidade de São Paulo (USP) e 136 da Estadual Paulista (Unesp). Isso foi usado como justificativa pelo pró-reitor de Graduação, Ivan Toro, para levar à frente a proposta.

A Unicamp também é a que oferece o menor número de vagas para estudantes entre as três: são 3.340 vagas, ante 11.147 da USP e 7.680 da Unesp.

A Pró-Reitoria de Graduação contava com 13 propostas de novos cursos, mas, por questões de infraestrutura, deu-se prosseguimento aos quatro apresentados.

“No início da gestão, não tínhamos disponibilização de cargos, o que ocorreu apenas recentemente. Além disso, havia a pandemia, e não sabíamos quais seriam as consequências. Mais recentemente, quando tivemos sinais de estabilidade financeira, decidimos levar os projetos em frente”, explicou Toro.

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, também falou sobre a necessidade das novas graduações para iniciar um processo de expansão, mas com prudência. “Precisamos ter cuidado de não criarmos muitos cursos ao mesmo tempo.”

Um dos receios do reitor se dá pelas mudanças de financiamento das universidades estaduais devido à reforma tributária, que acaba com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Hoje, USP, Unicamp e Unesp têm como principal fonte de receita uma cota fixa de 9,57% da arrecadação estadual do imposto.

Unicamp projeta inclusão de novos cursos

Foto: Pedro/Adobe Stock

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