Ciências Biológicas e da Terra

As graduações dessa área investigam a vida, os ecossistemas e as interações entre o ser humano e o ambiente. Reunindo cursos como Ciências Biológicas, Agronomia, Medicina Veterinária e Gestão Ambiental, o campo prepara profissionais para enfrentar os desafios relacionados à preservação, ao uso sustentável dos recursos naturais e às mudanças climáticas.

Segundo Luciana Barreto Nascimento, coordenadora do curso de Ciências Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), “o mercado de trabalho para profissionais é diversificado e está em constante evolução, não só por causa dos avanços tecnológicos, mas pelas crescentes demandas ambientais e sociais”.

Ela explica que “o biólogo pode atuar desde a pesquisa e conservação ambiental até a biotecnologia e a saúde”. Esse leque de opções abre portas em instituições públicas, empresas privadas ou na atuação autônoma, em um mercado que tende a se ampliar conforme ciência e tecnologia avançam.

As tendências atuais confirmam essa expansão. Áreas como biotecnologia, biologia molecular, bioinformática e educação científica estão em crescimento acelerado. A “alfabetização científica” também ganhou protagonismo diante do aumento das fake news, ampliando a demanda por especialistas capazes de traduzir ciência para diferentes públicos, inclusive nas redes sociais.

As graduações ligadas ao setor agropecuário, como Medicina Veterinária e Agronomia, também têm grande potencial de crescimento. Basta lembrar que elas somam menos de 7% das matrículas presenciais do Ensino Superior, enquanto o agronegócio é responsável por mais de 20% do PIB do país.

Para Luciana, “um bom curso de Ciências Biológicas e da Terra deve preconizar a formação de um profissional que valorize a diversidade e os valores humanos, articulando teoria e prática, ensino, pesquisa e extensão”.

Cursos com mais alunos matriculados em 2024

Fonte: Censo da Educação Superior 2024