Em um ano e meio de pandemia, muitos negócios fecharam por não aguentar as restrições impostas pela quarentena. Se é na crise que surgem oportunidades, essa fase também serviu para muitos empresários se reinventarem.
Nas empresas, a digitalização foi um dos pontos mais fortes. Principalmente os pequenos negócios precisaram em um curto espaço de tempo iniciarem as operações on-line.
Em muitos casos, repensar o negócio significou fechar uma empresa e abrir outra, encontrando outros caminhos até mesmo ligados à tecnologia. Ver a situação por diferentes ângulos também possibilitou aos empreendedores mudar a rota.
Para debater sobre o assunto, o jornalista Roberto de Lira entrevistou para o Melhores Serviços, do Estadão, Thiago Farias, gerente regional do Sebrae; e Helder Montenegro, empresário que enfrentou o fechamento de um negócio de 20 anos e decidiu investir no desenvolvimento da plataforma de teleatendimento fisioterapêutico SCAL e na microfranquia para profissionais de educação física Person@all. Confira abaixo a íntegra do bate-papo:
Dicas
Seja por vocação ou necessidade, a crise sanitária por conta da pandemia do coronavírus aproximou muitos brasileiros do empreendedorismo. Muitos, aliás, encontraram nessa opção como a única alternativa para retornar ao mercado de trabalho.
“Hoje, quase 70% das pessoas que buscam o Sebrae são empreendedores por necessidade”, explica Thiago Farias.
Apesar do fechamento de algumas portas, esses momentos também costumam reservar boas oportunidades. Helder Montenegro precisou encerrar as atividades de uma empresa com 22 anos de existência, que tinha como os principais clientes o público da terceira idade.
“Precisei indenizar todos os professores, assumir dívidas. Os profissionais também ficaram com o nosso maior ativo, que eram os alunos”. Foi com a ajuda da tecnologia, porém, que Helder Montenegro conseguiu se reinventar e lançar a franquia.
Desafios
Nesse processo de inovação, Thiago Farias explica que existem muitos desafios, mas também não faltam oportunidades. “Quanto mais você conhece o mercado, mais entenderá dos desafios quem vão surgir”.
Por isso, é muito importante pensar no modelo de negócio, tentando identificar como ele se comportará nos próximos anos com o avanço tecnológico.
Por sua vez, Helder Montenegro destaca o valor da tecnologia em todo esse processo. “Se antes já era importante estar na linha de frente, agora é ainda mais”.
Dessa forma, ele reforça a importância de o profissional liberar estar atento a todo esse processo de transformação digital, buscando ferramentas que consigam realmente auxiliar. Além disso, ele destaca a necessidade de organizar e monitorar os indicadores importantes para o negócio.
Como complemento, Thiago Farias recomenda contar com a ajuda de especialistas. “Não sofra sozinho. Nós estamos aqui para ajudar. Entre em contato com o Sebrae”.
Por fim, ele destaca: “Todos os pontos precisam de um planejamento para conectar seu negócio, com seu serviço e seus clientes, pensando sempre na dor que você está resolvendo”.