Foto de Lukas no Pexels

A busca pelo mercado de investimentos financeiros tem sido um caminho trilhado por muitos brasileiros. Essa tendência ajuda a explicar o aumento da popularidade de algumas aplicações, como os ETFs (Exchange Traded Fund). Calma, o nome é difícil, mas vamos explicar o que é esse investimento e como funciona.

O ETF é um fundo cujas cotas são negociadas na bolsa de valores. Eles podem ser vistos como uma cesta com diversos investimentos. A composição de ativos nesses fundos pode ser realizada de várias maneiras e em diversas classes de ativos, desde renda fixa até renda variável.

No Brasil, por exemplo, o mais conhecido é o BOVA11, que possui na sua composição as ações do índice Bovespa. Ou seja, com um único ativo (BOVA11) é possível que o investidor tenha uma carteira com todas as ações que compõem o índice, sem a necessidade de ter que comprar todas as ações na bolsa, o que reduz substancialmente o custo, tempo, e valor necessário para investir.

Praticidade

O analista de investimentos da Easynvest, José Falcão Castro, explica que o produto financeiro ETF possui praticidades operacionais na compra e venda através da bolsa de valores (liquidez), baixo valor de entrada e possibilita diversificação com custo baixo.

“Isso faz com que o investidor iniciante tenha facilidade de investir em ETF. Porém, o que deve ser levado em conta não é fato de ser iniciante ou não, e sim se o produto em questão está enquadrado no perfil de risco do investidor, pois envolvem riscos”.

Custos

Mas quais são os custos das cotas do ETF? Cada cota tem seu valor unitário que é negociado na bolsa de valores, como as ações, que podem variar. Nas ETFs, por exemplo, com menos de R$ 100 é possível comprar cotas na bolsa brasileira. Mas vale lembrar que cada ETF tem um custo definido (taxa de administração) pela instituição que administra o fundo, além do valor pago por cota.

De acordo com o analista da Easynvest, as taxas de administração para a maioria dos ETFs tendem a ser mais baixas do que os fundos de gestão ativa, o que significa que sobra mais dinheiro para ser investido. O especialista explica ainda que o impacto dessas economias de custo é relevante no longo prazo ou quando o mercado está em baixa.

Como funciona?

Os ETFs são fundos de índice. Por isso, a rentabilidade segue o índice de referência, ou seja, está relacionado ao desempenho de determinado índice, como por exemplo o Ibovespa. Entretanto, neste caso, como qualquer ativo de renda variável, não é possível prever a rentabilidade, que pode depender de diversos fatores.

Mas se você está em dúvida se vale a pena investir em um ETF, Castro explica que o produto se enquadra a qualquer carteira de investimentos. Para ele, vale para qualquer perfil de investidor, seja iniciante ou até mesmo experiente.

“O que vai definir se vale a pena ou não investir em determinado ETF é a expectativa do investidor a respeito do mercado e como a composição daquele índice pode agregar performance na sua carteira. Porém, para o investidor que tem baixa capacidade financeira, o ETF se torna um produto muito interessante pelas praticidades operacionais na compra e venda através da bolsa de valores (liquidez), baixo valor de entrada, diversificação e custo baixo”.

Para o analista de investimentos da Easynvest, José Falcão Castro, as ETF’s diversificam portfólios de investimentos, reduzem riscos, oferecem maior acesso a diferentes mercados, são fáceis de negociar, têm baixo custo e baixo valor de entrada.

“O risco existe, mas pode ser reduzido. Em relação à diversificação, ela está presente no ETF com a alocação de investimentos em diferentes setores e classes de ativos. Se um deles não tiver bom desempenho, outros investimentos podem equilibrar perdas”.