Estabilidade e boas perspectivas para 2019
- 1º DAYCOVAL
- 2º TRICURY
- 3º BRP
Contra os modismos e sendo um banco generalista, Daycoval reaparece em primeiro lugar
Estabilidade em relação ao anuário Finanças Mais do ano passado é a palavra de ordem na categoria Banco-Middle Market. Nas três primeiras opções do ranking, estão os grupos Daycoval, Tricury e BRP.
O líder da categoria por mais um ano, que completou 50 anos de fundação em 2018, volta a comemorar os resultados. “Nos últimos dois ou três anos, estamos com um bom desempenho. Nossa estratégia principal é de não aderir aos modismos. Olhamos operação por operação, analisamos setor por setor, para definir garantias, os preços e o rumo dos negócios”, afirma Ricardo Gelbaum, diretor institucional do Daycoval. “Somos um banco generalista. Temos quase R$ 3,5 bilhões em patrimônio e R$ 20 bilhões de carteira de crédito”, diz o executivo.
De acordo com Gelbaum, aproximadamente 70% da carteira de crédito é destinada a empréstimos a pequenas e médias empresas. Apesar de o foco do banco ser a pessoa jurídica, Gelbaum explica que o Daycoval tem todos os produtos de um banco tradicional, como crédito consignado, financiamento de veículos, asset management, câmbio e área de leasing. Entre agência e pontos de venda, a instituição tem por volta de 100 lojas em todo o Brasil.
Com 2.100 colaboradores, a administração do Daycoval está sendo feita pela terceira geração da família fundadora da instituição. “Essa é a única atividade da família”, diz o executivo. A estratégia vencedora do banco se concentra na pulverização da carteira, na qualidade das garantias recebidas e na manutenção do equilíbrio entre os diversos segmentos da economia, como forma de assegurar maior consistência aos negócios. “Temos investido em processos tecnológicos. Somos um banco digital nos processos, mas conservador na
concessão de crédito”, diz Gelbaum. Característica que tem garantido à instituição a baixa taxa de inadimplência nos empréstimos. Segundo o executivo, a carteira de crédito para empresas, que chegou a 3% de inadimplência, hoje está em 1%. A de crédito consignado caiu de 5% para 2,5%. Enquanto a de veículos, que chegou a ter 9% de compromissos não honrados, agora está em 6%.
Gelbaum explica que o atendimento ao cliente tem sido uma das principais bandeiras da instituição. “Estamos sempre de olho no mix de produtos e nas oportunidades do mercado.” As expectativas do banco são positivas para este ano. “A economia não está aquecida e, dentro desse cenário de mais cautela e sem muita euforia, o Daycoval surfa bem”, afirma Gelbaum.
Segundo colocado no levantamento, o banco Tricury tem 140 clientes e desde 2016, por causa de crise financeira, do aumento da inadimplência e dos custos, a decisão foi concentrar os negócios em São Paulo. “Com a economia melhorando, devemos mudar isso”, destaca Carlos Pavel, diretor comercial do banco. O Tricury tem 32 anos de existência e contabiliza o 15o ano de resultados positivos, mesmo com a queda no lucro líquido de R$ 33 milhões, em 2017, para R$ 24 milhões no ano passado. Por outro lado, a carteira de empréstimos teve alta de 11%, saindo de R$ 205 milhões para R$ 227 milhões no mesmo período.
“Trabalhamos com muita eficiência e custo baixo, temos 39 funcionários,
seguindo sempre uma estratégia conservadora e de transparência. Focamos muito na redução da inadimplência, com acordos, sempre acreditando na capacidade de pagamento da empresa”, diz o executivo. De acordo com Pavel, o ano começou com um cenário positivo, com bons resultados em janeiro. “Em fevereiro e março, os sintomas de dificuldades reapareceram e voltamos aos patamares de 2018.”
Caçula entre os três principais bancos na categoria, o BRP foi fundado há 24 anos e ocupa a terceira colocação no ranking. “Mesmo com o nome formal sendo Banco de Ribeirão Preto, desde 2015 não estamos mais circunscritos geograficamente à região”, explica Nelson Rocha Augusto, presidente e economista-chefe do BRP. Entre os principais clientes da instituição, estão os ligados a agronegócio, setor de saúde, educação e inovação tecnológica. Ao todo, a instituição tem cerca de 350 clientes ativos e uma carteira de R$ 600 milhões. O lucro líquido saiu de R$ 12,4 milhões para R$ 15,6 milhões. “No ano passado, tivemos um crescimento de 24% na comparação com 2017 e a projeção é de ter alta de 20% neste ano”, analisa o executivo.
“Somos um banco generalista. Temos quase R$ 3,5 bilhões em patrimônio e R$ 20 bilhões de carteira de crédito”
Ricardo Gelbaum, diretor institucional do Daycoval
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