A nova redução da Selic, taxa básica de juros, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, acendeu mais uma luz de preocupação entre os milhões de brasileiros que aplicam suas economias na caderneta de poupança, uma vez que essa modalidade de investimento está dando menor retorno aos seus poupadores. Porém, especialistas alertam que há opções dentro da renda fixa que garantem melhor rendimento.

Neste cenário, é possível conseguir rentabilidade superior à da poupança e com segurança com títulos do Tesouro Direto e com os emissores bancários, que são investimentos em CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio). “Estamos caminhando para um país civilizado com taxas de juros cada vez mais baixas e, com a redução da Selic, buscar novas opções de investimento além da poupança é fundamental”, diz o professor Valdir Domeneghetti, coordenador de cursos da Faculdade Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras). O fato é que, com a Selic em seu menor patamar, guardar recursos nessa modalidade pode significar retorno pequeno ou até mesmo perda do poder de compra, caso a taxa siga a trajetória de novas reduções, conforme sinalizou a ata do Copom.

Isso ocorre porque desde maio de 2012 começaram a valer as novas regras para a poupança e os depósitos realizados a partir dessa data passaram a ser remunerados com 70% da Selic. Com a nova redução anunciada em meados de setembro, a taxa básica de juros caiu para 5,5% e significa dizer que a caderneta terá rendimento anual de 3,85%. “Considerando que a estimativa da inflação é de fechar este ano em torno de 3,45%, estamos falando de um retorno de 0,4% para as aplicações na poupança”, diz o professor da Fipecafi.

Mas, se a Selic cair ainda mais, a caderneta pode nem cobrir a inflação do período, o que significa dizer que o poupador perderia o valor de compra. Mesmo com a rentabilidade pouco atrativa, o Raio X do Investidor, realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), mostra que 88% dos brasileiros investem seus recursos na poupança. Vale destacar que os depósitos antigos, de antes de maio de 2012, seguem as regras de correção pela TR (Taxa Referencial) mais 6%.

TESOURO DIRETO

Além dos títulos bancários, os investidores têm à disposição o Tesouro Direto, que são títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional e compõem a dívida interna do País. É possível investir a partir de R$ 30. Para começar a aplicar nessa modalidade de investimento, é necessário ter CPF e conta corrente em uma instituição financeira; depois, se cadastrar em uma corretora ou banco que fará a intermediação das transações; o passo seguinte será o fornecimento da senha pela B3, que permitirá acesso à área restrita do Tesouro para compra e venda de títulos; a partir daí o investidor já está habilitado para fazer compra e venda de títulos.

Ao comprar um título público, o investidor empresta dinheiro para o governo brasileiro em troca do direito de receber no futuro uma remuneração por esse empréstimo, ou seja, receberá o que emprestou mais os juros sobre esse empréstimo.

O retorno vai depender do produto selecionado. É possível escolher entre títulos indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial e garante uma taxa de juros definida no momento da compra mais a inflação do período; prefixados, em que a taxa de juros já é conhecida na hora em que se faz o investimento; e o Tesouro Selic, que rende a taxa definida no momento da aplicação mais a variação da Selic no período definido.

Emissões bancárias

Ativos emitidos por instituições financeiras para captar recursos. Os CDBs, LCIs, LCAs e LCs são tipos de emissões bancárias. Ao adquirir um desses títulos, você está emprestando dinheiro ao banco em troca de uma remuneração.

Tesouro Direto

Programa que possibilita de forma mais fácil a negociação de títulos públicos por pessoas físicas. Títulos públicos são emitidos pelo Tesouro Nacional e compõem a dívida interna do País. Funciona como um meio de captação de recursos pelo governo federal.

Poupança

Modalidade mais usada pelos  brasileiros e, independentemente do banco, a rentabilidade desse investimento será a mesma, uma  vez que é definida por regulação.

Para investir em renda fixa conte com a assessoria especializada da XP Investimentos. Abra sua conta em www.xpi.com.br

Fonte: XP Investimentos