Com maior acesso ao crédito, as famílias brasileiras começam a concretizar muitos dos seus sonhos de consumo. No entanto, a falta de planejamento tem colocado muitos trabalhadores na lista de devedores. De acordo com pesquisa da Serasa Experian, há cerca de 63 milhões de pessoas inadimplentes no País. “O crédito não é algo negativo, mas é preciso usar a seu favor, por isso é tão importante o planejamento financeiro”, diz o consultor Luis Abdal.

Nesse sentido, o especialista considera que a educação financeira é fundamental e deve começar já nas escolas para garantir o uso consciente do crédito e ensinar aos jovens a importância de pensar em poupar parte da renda tanto para passar por eventuais momentos de crise quanto para realizar sonhos. “É fundamental que tenhamos um colchão que nos prepare para possíveis quedas. Hoje temos mais de 60 milhões de pessoas com o nome sujo e isso ocorre porque faltou planejamento, organização e consumo consciente”, diz Claudia Forte, superintendente da Associação de Educação Financeira (AEF).

A boa notícia é que aos poucos escolas começam a levar a educação financeira para dentro da sala de aula. “Pela primeira vez, a temática educação financeira entrou na Base Curricular Nacional em 2018 e esse é um ganho para toda a comunidade”, comemora Claudia ao afirmar que a novidade está em vigor em várias escolas, apesar de a obrigatoriedade começar  apenas em 2020, e já dá frutos.

A representante da AEF comenta ainda que há muitos casos de crianças que depois das aulas mostram para os pais a importância não só de ter dinheiro, mas também de investir e planejar. “Nosso principal objetivo é mudar o comportamento e garantir mais qualidade de vida para todos”, destaca Claudia ao citar o caso de uma criança que passou a se preocupar com gastos desnecessários, como no consumo da energia elétrica e da água, e implementou o potinho do sonho, onde todas as moedinhas são colocadas para realizar um objetivo da família, como uma viagem, por exemplo. “Primeiro a família começa a planejar a renda. Com essa organização financeira, o passo seguinte é começar a pensar nos projetos de curto, médio e longo prazos, com investimentos financeiros que garantam esses objetivos”, destaca Abdal.

Dados do Mapeamento Nacional das Iniciativas de Educação Financeira, projeto da Estratégia Nacional de Educação (Enef), em 2013, mostram que havia 803 ações em diferentes regiões brasileiras e, em 2018, o resultado mostrou mais de 1.300 iniciativas em todo o Brasil, entre escolas do ensino médio e universidades, públicas e privadas, associações, cooperativas e órgãos da iniciativa privada. Entre as boas notícias registradas pelo estudo, está o aumento do número de ações em escolas públicas. Em 2013, as iniciativas ultrapassavam pouco mais de 30%. Em 2018, elas saltaram para 50%.

Nas escolas

As iniciativas de educação financeira estão se multiplicando no País, principalmente após o tema se tornar obrigatório nas salas de aula por definição da Base Nacional Comum Curricular. Um exemplo é a empresa DSOP Educação Financeira, que atende alunos em escolas em todo o País e está com o programa desenvolvido em mais de 430 unidades de ensino de 20 Estados, o que representa cerca de 85 mil alunos.

O programa criado pela DSOP já vem sendo aplicado nas escolas há cerca de oito anos, tratando a educação financeira como um tema que vai muito além de números, abordando o assunto também de forma comportamental e incluindo todos os que participam da educação dos alunos no tema, como professores e pais.

“Os resultados são surpreendentes, pois vemos que realmente conquistamos mudanças em todo o grupo que está envolvido nesses ensinamentos. E, hoje, é fundamental a criação de hábitos mais saudáveis e a motivação do consumo consciente para os alunos, tratando isso de forma lúdica e leve, mostrando que o dinheiro não é um inimigo, mas sim uma ferramenta que passará pelas mãos e que precisa ser tratado com respeito”, explica o presidente da DSOP, Reinaldo Domingos.

“Nossa meta é levar educação financeira, consumo consciente e a importância de realizar investimentos, pensando nos sonhos e também no futuro, para todos os municípios brasileiros”, finaliza Claudia, da AEF.

“É fundamental que tenhamos um colchão que nos prepare para possíveis quedas. Hoje temos mais de 60 milhões de pessoas com o nome sujo”                       Claudia Forte, superintendente da Associação de Educação Financeira (AEF)

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