O leasing (arrendamento mercantil) já esteve entre as modalidades de financiamento a longo prazo mais usadas no País em tempos de inflação alta e falta de crédito na praça. Mudou a economia e esse tipo de operação hoje está mais diversificado, atendendo pessoas físicas e também grandes empresas.

Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Leasing (Abel), o setor de leasing fechou o ano passado com alta no total de contratos, mas queda no valor da carteira, se comparados os números com 2017. Em 2018, as empresas movimentaram R$ 10,4 bilhões, ante R$ 12 bilhões de 2017 (queda de 13,3%). Já o total de contratos passou de 205.151 para 232.216 (alta de 13%).

Neste setor, Santander Leasing, CCB Brasil Leasing e CHG-Meridian se destacaram em 2018, conforme o ranking Finanças Mais.

A superintendente executiva de Produtos do Santander, Paula Figueiredo Pulcinelli, explica o bom desempenho nas iniciativas de ajuda aos empreendedores. “O Santander Leasing tem participação ativa no fomento de novos negócios em todos os segmentos em que atua, com equipes dedicadas ao negócio, focado principalmente em grandes empresas que demandam equipamento de alto valor agregado”, afirma.

Segundo Paula, outra vantagem estratégica da instituição é atuar “nos mercados de leasing importação que outros players não atuam”. “Outro ponto a destacar é o expertise do Santander Leasing na prestação dos serviços e atendimento às mais variadas demandas dos clientes”, comenta.

Para ela, o avanço das reformas deve melhorar o ambiente de negócios no País, incluindo o setor de leasing. “Acreditamos que o avanço da agenda de reformas poderá ajudar a desanuviar esse quadro de incertezas e melhorar as perspectivas de retomada do crescimento econômico, o que ajudaria na expansão da atividade de leasing consequentemente”, afirma.

Paula diz que o Santander avalia “que a economia brasileira deverá ganhar mais tração ao longo do segundo semestre deste ano e mantemos a expectativa de que encerraremos 2019 em ambiente mais encorajador e com perspectiva de aceleração no ritmo de crescimento da economia no próximo ano”.

O China Construction Bank (CCB) é um banco público chinês, fundado em 1954, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento daquele país. Segundo o site do CCB, a instituição tem um valor de mercado de US$ 272,71 bilhões e atende uma carteira de 314 milhões de clientes em todo o mundo.

Longe do mercado tradicional de leasing, o CHG-Meridian do Brasil aposta na inovação. “Nosso modelo de negócio foge do leasing clássico. Apostamos no conceito de uso. O que a gente oferece não é um financiamento, mas o direito de o cliente usar um equipamento, por exemplo, pelo prazo pactuado e, ao final desse período, ele retorna o equipamento para nós”, afirma o vice-presidente executivo de Vendas do CHG, Roberto Mussalem.

De acordo com Luiz Nali, vice-presidente financeiro do CHG, as grandes empresas que são clientes da instituição sabem que equipamentos sofisticados têm muita tecnologia embarcada e precisam de atualização. Por isso, comenta Nali, a operação do leasing oferecida pelo CHG se torna mais atraente. “Um equipamento com três, quatro anos de uso começa a gerar um problema de manutenção. Uma forma de atualizar os equipamentos sem a responsabilidade do descarte é fazer o leasing como nós oferecemos”, explica.

Segundo Mussalem, a mudança na forma de encarar o leasing, não mais considerando um financiamento a longo prazo para a compra de bens duráveis, é o que tem trazido os bons resultados para a empresa. “Não estamos oferecendo uma máquina. A gente oferece uma solução”, comenta Mussalem.

De acordo com o executivo, o CHG deve ter, neste ano, um avanço em seu market share. “Certamente, não vamos crescer porque o País vai crescer. O que estamos fazendo é substituindo um modelo antigo de leasing por outro. Se as outras empresas não se desenvolverem, nós vamos ganhar a fatia do mercado delas”, afirma Mussalem.

No ano passado, a instituição fechou com um lucro líquido de R$ 22,9 milhões, de acordo com site Banco Data.

“O Santander Leasing está focado em grandes empresas que demandam equipamento de alto valor agregado”
Paula Pulcinelli , superintendente de Produtos do Santander

13%

Foi o aumento no número de contratos de leasing no País em 2018 em relação a 2017 
Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel)

232.216

Foi o total de contratos de leasing no ano passado
Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel)

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