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Você já ouviu falar sobre fundos de pensão? O investimento é conhecido como uma alternativa de aposentadoria complementar à previdência pública. Assim como existem os planos de previdência privada aberta, como PGBL e VGBL, há empresas fechadas de previdência complementar (EFPC), que são conhecidas popularmente como fundos de pensão.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), existem vários tipos de fundos de pensão. Um deles é chamado de patrocinado, oferecido pela empresa a seus colaboradores e os dois investem por um determinado período. Ao final, o dinheiro pode ser sacado pelo colaborador com uma valorização.

Outro exemplo, segundo a Abrapp, são os fundos que funcionam de forma semelhante, mas são iniciativa de um sindicato ou associação de classe para seus participantes, como a OAB Prev. Neste caso, a vantagem de quem participa é ter um complemento para a aposentadoria, com recursos valorizados ao final de um longo período de tempo, que ele pode usufruir da maneira que quiser.

Investimento a longo prazo

Para se ter uma ideia, o patrimônio dos fundos associados à Abrapp é de cerca de R$ 1 trilhão. A estimativa é que continuem crescendo em ritmo acelerado. Com os impactos da crise do coronavírus, porém, é difícil fazer previsões nesse momento. “Como aconteceu com todos os setores da economia, o coronavírus trouxe impactos. Mas segundo pesquisa da Previc, órgão do governo que regulamenta o setor, já em maio os fundos de pensão estavam em situação favorável e prevendo crescimento para os próximos meses”, informou em nota a associação.

A expectativa é que os fundos de pensão conquistem um papel importante na retomada econômica. Quem compartilha da mesma opinião é Leonardo Uram, gestor de fundos da Guide Investimentos. “Com os juros baixos atuais, o perfil de investimentos dos fundos de pensão terá que ser cada vez mais orientado para investimentos em renda variável, crédito privado e estruturados. Isso certamente contribuirá para um aumento no volume de capital disponível para financiamento de empresas e projetos”.

Dúvidas

É normal que investidores iniciantes tenham dúvidas sobre a melhor alternativa para contratação entre um plano corporativo ou previdência individual. O economista José Pimentel explica que o ideal seria o corporativo, caso a pessoa possa escolher. Isso porque a opção traz mais vantagens ao participante do que os individuais.

“Na comparação com um plano de previdência, as taxas de administração são menores. Vale lembrar também que há uma parte das contribuições pagas pela companhia”.

Além dos benefícios para o investidor, o economista explica também que há vantagens para as companhias que oferecem esse benefício aos funcionários, como isenção fiscal, por exemplo.