A economia brasileira passa por um momento de transformação. Com a taxa básica de juros no menor patamar histórico e com a inflação também em baixa, os brasileiros estão percebendo que precisam de maior ousadia para conseguir bons retornos em seus investimentos. “Com a queda dos juros, as pessoas precisam se mexer mais do que quando havia uma taxa alta, que teoricamente já dava um bom rendimento nos investimentos”, diz Alfredo Sequeira Filho, conselheiro da Associação Brasileira dos Agentes Autônomos de Investimentos (Abaai) e fundador do grupo AIs Livres.

Diante deste novo cenário, o assessor autônomo de investimentos aparece como um grande aliado dos brasileiros e tende a ganhar maior destaque no cenário nacional. Apesar de se tratar de uma profissão relativamente nova no Brasil, em outros países ela já está bastante difundida. Para se ter uma ideia, explica Sequeira, por aqui menos de 2% das pessoas que investem contam com o auxílio de um agente autônomo. “Nos Estados Unidos, 98% da população que investe o faz por meio de um financial advisors, que é o equivalente ao nosso agente autônomo de investimentos”, destaca o representante das entidades.

Ele explica que o assessor de investimentos pode apresentar opções para a diversificação da carteira. Cabe a esse profissional entender os objetivos de vida das pessoas, se quer investir a curto, médio ou longo prazo, questionar sobre a liquidez, ou seja, quando o dinheiro pretende ser usado, entre outras coisas, de modo a saber o que a pessoa espera com o investimento e ajudá-la a ter um planejamento para o futuro. “O assessor autônomo não é funcionário do banco ou corretora, seu patrão é o seu cliente e a sua função é buscar produtos mais compatíveis com as necessidades do investidor”, afirma Sequeira, ao destacar que as pessoas não tem custo adicional por esse serviço.

“O assessor de investimentos permite que o cliente acesse um número maior de produtos, ajuda a pessoa a entender suas finanças de um modo geral e, por meio de uma assessoria técnica e especializada, entende a necessidade do cliente para oferecer os produtos mais compatíveis com o perfil e ideal do investidor”, diz Jayme Paulo Carvalho Junior, diretor da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros).

Para os especialistas, há uma oportunidade muito grande para os profissionais que atuam nessa área, pois a maior parte do dinheiro dos brasileiros está alocada na poupança. De acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), 88% dos brasileiros investem em poupança.

Pelas novas regras da caderneta de poupança, em vigor desde maio de 2012, os depósitos realizados a partir dessa data passaram a ser remunerados com 70% da Selic. Com a nova redução anunciada em meados de setembro, a taxa básica de juros caiu para 5% e significa dizer que a caderneta terá rendimento anual de 3,5%. Considerando que a estimativa da inflação é de fechar este ano em torno de 3,31%, estamos falando de um retorno de 0,19% para as aplicações na poupança. É bom lembrar que os depósitos antigos, de antes de maio de 2012, seguem as regras de correção pela Taxa Referencial (TR) mais 6%.

De acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há no Brasil cerca de 8 mil agentes autônomos de investimento e a estimativa, conforme a Abaai, é triplicar esse número em três anos. “Com o cenário de juros baixos, é importante diversificar os investimentos para obter maior retorno e o agente de investimentos é um grande aliado dos clientes nessa etapa”, diz Sequeira.

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Vale destacar que cabe a esse profissional ajudar o cliente na tomada de decisão com segurança e com base no perfil e interesses do investidor. “Mas o agente autônomo não vai definir em qual produto a pessoa vai investir. Essa não é a sua função. Ele tem que mostrar o caminho, mas quem bate o martelo é o cliente”, destaca o representante da Abaai. Buscar um profissional credenciado é a garantia de que esse agente vai agir dentro das regras do mercado e ajuda a evitar que o investidor caia em golpes.

“As pessoas tendem a olhar apenas os investimentos, mas deveriam ir em busca de um objetivo de vida, como poupar para comprar a casa própria, um carro, viagem, sair do endividamento ou para a aposentadoria”, considera Carvalho. “Aos poucos as pessoas começam a buscar o auxílio de um profissional para questões financeiras. E o investimento é um meio de amadurecimento da população”, complementa o representante da Planejar, ao comentar que apenas 11% dos brasileiros investem e só 1% consegue liberdade financeira.

“As pessoas tendem a olhar apenas os investimentos, mas deveriam ir em busca de um objetivo de vida, como poupar para comprar a casa própria, um carro, viagem, sair do endividamento ou para a aposentadoria”
Jayme Paulo Carvalho Junior, diretor da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros)