O Banco Safra conquistou o pódio pelo terceiro ano consecutivo na categoria Banco Atacado e Negócios, do Finanças Mais, seguido pelo estreante no ranking Scotiabank Brasil e pelo Rabobank. O foco na diversificação de suas fontes de receitas, como em financiamentos da Safra Financeira, gestão de fundos de investimento e seguros além da inclusão de novos produtos como a SafraPay, foi a estratégia usada pelo Banco Safra para alcançar a liderança no levantamento. “Em 2018, o Safra avançou em todos os negócios que permitiram maior diversificação de suas receitas e ampliação da sua base de clientes, tanto pessoas jurídicas quanto físicas, onde atingimos a marca de um milhão de clientes”, diz Sílvio de Carvalho, CFO do banco. No ano passado, a instituição financeira alcançou lucro líquido de R$ 2,1 bilhões, resultando em uma rentabilidade de 20,3% no período.

De acordo com o executivo, os negócios de empréstimo consignado e financiamento de veículos apresentaram, respectivamente, um crescimento de carteira de 46,2% e 53,5%, em relação a 2017. A carteira de crédito expandida da pessoa jurídica, por sua vez, atingiu R$ 70 bilhões no fim de 2018, com destaque para a expansão de 33,6% nos segmentos de empresas com faturamento de

R$ 1 milhão a R$ 500 milhões no ano. “Nas empresas de maior porte, observou-se o crescimento do financiamento por meio de títulos de renda fixa no mercado local (debêntures, notas promissórias e assemelhados) e no mercado internacional (Eurobonds), cuja carteira apresentou crescimento de 85,4% em 2018”, diz Carvalho.

O desempenho do SafraPay, serviço em operação desde maio de 2017 para clientes com faturamento a partir de R$ 1 milhão, encerrou o ano com mais de 123 mil máquinas ativas e mais de R$ 3 bilhões mensais em transações. Carvalho está otimista com os negócios para os próximos meses. “Em 2019, as expectativas de crescimento para a carteira de crédito expandida (inclui avais e fianças e títulos privados) são de 10% a 15% e a expectativa de crescimento do valor operado (VOP) da SafraPay é de 60%”. Sobre os negócios envolvendo pessoa física e banco de investimentos, incluindo os segmentos alta renda e private banking, a previsão de crescimento na quantidade de clientes está acima de 30%.

No Brasil desde 2011, o segundo colocado Scotiabank segue a linha global do banco que é focar no cliente. No ano passado, a instituição financeira apresentou lucro líquido de R$ 60 milhões. “Acompanhamos o objetivo dos clientes e ajudamos a chegar ao que ele precisa, com soluções para a demanda dele por crédito”, diz Paulo André Campos, CEO da instituição. O banco conta com cerca de 70 clientes da área do agronegócio. “E mesmo com a recessão severa que a economia nacional enfrentou entre 2014 e 2017, o banco manteve um portfólio saudável, porque, entre outras coisas, temos uma estrutura enxuta e atuamos de forma diferenciada”, explica o executivo. Segundo Campos, o Scotiabank é um banco múltiplo, com soluções em crédito, tesouraria e comércio exterior. “A partir de julho, começaremos a atuar também em fusões e aquisições”, afirma Campos.

Completando o ranking, o holandês Rabobank teve um resultado líquido de R$ 169,6 milhões em 2018 e a expectativa é de fechar este ano com crescimento de 10%. A instituição passou de 1.300 clientes em sua carteira, em 2017, para 1.500 no ano passado. “Somos um banco de nicho com foco na cadeia do agro no Brasil e no mundo e, portanto, temos uma expertise única, fruto da nossa atuação no agro global e do nosso DNA de cooperativa agrícola, fundada há mais de 100 anos na Holanda”, diz Fabiana Alves, diretora do Wholesale Banking do Rabobank Brasil. Ela comenta que a instituição está atuando na digitalização e ampliação do seu portfólio de produtos e serviços. “Também estamos constituindo um fundo específico com a Organização das Nações Unidas dedicado a financiar projetos de retorno de longo prazo com impacto socioambiental. E estamos abrindo a 17.ª agência, no Paraná”, diz a executiva.

Bancos