Com tantas mudanças na legislação, fica a dúvida: é melhor esperar pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou investir na previdência privada? Ter um plano para o futuro não é tarefa fácil. Afinal, ninguém quer ficar sem recursos depois de parar de trabalhar.

A coordenadora do Núcleo de Estudos de Conjuntura Econômica da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Nadja Heiderich, explica que o ideal é fazer uma composição das duas opções. “Ambas apresentam vantagens e desvantagens. Enquanto o INSS garante outros direitos como pensão por morte ou invalidez e seguro por afastamento do trabalho, a previdência privada não apresenta teto para ganhos como no INSS e é mais flexível no que se refere a retiradas”.

Atenção aos detalhes

Para conseguir realmente garantir um futuro mais tranquilo, Nadja explica que alguns detalhes precisam ser observados antes da contratação. “De qualquer forma, há que se tomar cuidado na opção da previdência privada com as taxas de administração, de saída, no momento do resgate e de carregamento, que podem torná-la menos atrativa”.

Nadja acredita que o ideal é contratar a previdência o mais cedo possível. “Pelo menos 10 anos antes da data pretendida para a aposentadoria seria melhor. Lembrando que o valor que será recebido depende do quanto o consumidor espera receber no futuro. Quanto maior esse valor, maior deverá ser o valor pago atualmente. As corretoras e bancos fazem essa simulação”.

LEIA TAMBÉM
– Pets: setor acredita em crescimento apesar do coronavírus
– Entenda as diferenças entre seguro e plano de saúde
– Qual é o futuro da tv por assinatura?

Quais são os tipos de previdência?

PGBL ou VGBL? O que significam essas siglas e qual é a melhor opção? “Quando falamos em tipos de planos de previdência, existem duas modalidades: PGBL e VGBL. O VGBL é mais indicado para quem é isento de Imposto de Renda, faz declaração simplificada de IR, não contribui para o INSS, ou já investe o limite máximo de 12% em PGBL. Já o PGBL, recomendamos para quem contribui para o INSS e faz declaração completa de Imposto de Renda”, explica o executivo e superintendente de produtos do Itaú Unibanco, Rogério Calabria

Em relação aos tipos de fundos de previdência existentes, ou seja, a diversidade das estratégias de investimento desses produtos, o mercado possui algumas alternativas. “Hoje temos opções em renda fixa, multimercados, inclusive com aplicações no exterior, crédito privado e até mesmo renda variável, com opções que podem chegar até 100% do patrimônio líquido investido em ações”.

Calabria lembra que a previdência é essencialmente um produto de acumulação no longo prazo, que pode ser indicada para todas as pessoas que desejam complementar sua renda na aposentadoria e manter o padrão de vida no futuro. “A previdência também pode ser usada no auxílio de uma planejamento tributário e como instrumento de sucessão. Vale dizer também que existem até mesmo opções de previdência para investir para uma criança, que pode ser filho, sobrinho ou neto”.