No horizonte, a retomada
Uma das maiores crises econômicas do Brasil se arrasta desde 2015. A economia patina e as reformas avançam, de forma um pouco mais lenta do que seria o ideal. Em Brasília, após a aprovação da reforma da Previdência, a expectativa é que o Executivo, agora, aumente a velocidade da reforma Tributária.
No mundo real, os indicadores mostram uma retomada ainda lenta de vários setores da economia. Como mostram os dados desta quinta edição do Estadão Empresas Mais, a receita global de todas as 2.400 empresas avaliadas indicam uma alta de 3,58% entre 2017 e 2018. No período exatamente anterior, o estudo com a mesma metodologia havia registrado uma queda nas receitas totais de 1,49%.
A leitura destas páginas revela um quadro claro da economia brasileira. As maiores taxas de recuperação da receita, em 2018, ocorreram no grupo das companhias de Mineração, Cimento e Petróleo e no setor de Papel & Celulose.
De uma forma geral, mostra a análise exclusiva feita nesta parceria realizada com a Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Austin Rating, as margens de lucro dos setores mais ligados ao consumidor final, como os de varejo, alimentos e bebidas e de veículos e autopeças, ainda registram quedas acentuadas. Indicando que a recuperação do setor produtivo não chegou à ponta da cadeia econômica, diferentemente do que começa a ocorrer na indústria de base.
O interessante, como mostram as reportagens desta edição, seja em relação aos grandes grupos nacionais, aos líderes setoriais e aos destaques de regiões geográficas do País, é que os executivos e suas equipes estão enfrentando as adversidades econômicas de forma criativa e com muito trabalho. Investimentos robustos continuam sendo feitos, mostrando que continua a aposta no Brasil.
Mesmo na área da inovação tecnológica e da governança, destacadas também nesta edição em sessões especiais, o setor privado brasileiro está cada vez mais avançado e em sintonia com as grandes práticas internacionais.
Mesmo as maiores companhias, de vários setores, vêm criando ambientes que favorecem ideias disruptivas que, na maior parte das vezes, são usadas para melhorar a performance do próprio negócio. Inovação não é mais algo exclusivo das startups.
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