No Brasil, há cerca de 132 milhões de animais de estimação, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nossa população de pets é a quarta maior do mundo, atrás apenas da registrada na China, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
De acordo com os últimos dados coletados pelo Instituto Pet Brasil, o País ocupa o terceiro maior faturamento mundial do mercado de cuidados para animais de estimação e movimentou cerca de R$ 32,92 bilhões em 2017, alta de 5,82% na comparação com o ano anterior, último dado disponível. São 30.450 estabelecimentos no País.
De acordo com Nelo Marraccini, vice-presidente de Comércio e Serviços do Instituto Pet Brasil, os empresários estão expandindo os negócios. “São mais de 200 pequenas redes em todo o País”, afirma. Ao mesmo tempo que expandem os negócios, as marcas estão cada vez mais preocupadas com o bem-estar dos animais.
Cobasi, Petz e Petland, as três empresas mais relevantes para os consumidores no Estadão Marcas Mais, têm em comum a bandeira da adoção de animais. “Desde 1998, criamos um programa de adoção de animais. De lá para cá, ele foi intensificado e contamos mais de 30 mil animais adotados”, diz o diretor de Operações da Cobasi, Ricardo Nassar. A rede tem 80 lojas em seis Estados e no Distrito Federal. No ano passado, foram inaugurados 18 estabelecimentos e para este ano a meta é abrir entre 20 e 25 lojas.
Ao todo, são 3.200 funcionários e cerca de 20 mil itens para cachorros, gatos, aves, roedores, peixes, artigos para casa e jardim. Mas nem sempre foi assim. Ao ser fundada em 1985, a loja tinha apenas seis funcionários e os principais produtos comercializados eram quirela de arroz e carne de segunda congelada para a própria dona de casa preparar o alimento dos seus bichinhos.
“O setor evoluiu muito. O cão saiu do lado de fora da casa para dentro dos lares e o que determina os gastos dos donos de pets não é a classe social, mas a sua relação com o animal”, considera Nassar.
Com 80 lojas espalhadas em todo o País, sendo que 17 foram abertas no ano passado e outras 30 estão previstas para este ano, a Petz lançou neste ano o primeiro Pet-Commerce com tecnologias de reconhecimento facial e inteligência artificial para cachorros escolherem seus próprios petiscos e brinquedos.
O animal se posiciona perto do computador, do tablet ou do celular e, por meio da tecnologia de inteligência artificial, a câmera capta a imagem da face e a reação do animal enquanto brinquedos, bolinhas e ossinhos são mostrados em vídeos. É pela reação do cachorro que o sistema identifica se ele gostou ou não do que foi apresentado, estabelecendo o nível de interesse de compra dos produtos.
Rodrigo Albuquerque, CEO da Petland, diz que as 80 lojas abertas da rede e as outras 20 que estão em implantação são pensadas para promover a experiência de compra do consumidor. “Cerca de 60% dos nossos clientes se referem ao seu animal de estimação como filho. Há uma tendência de humanização dos pets”, afirma Albuquerque.