Conheça as graduações estreladas em 11 das áreas mais procuradas da modalidade que não para de crescer no País
Por Thales Valeriani
Cursar uma faculdade na modalidade de ensino a distância (EAD) segue sendo uma tendência em alta no País segundo dados do Censo da Educação Superior. E isso mesmo antes dos tempos de pandemia. De acordo com a série histórica, o número de vagas EAD ofertadas cresceu em ritmo acelerado nos últimos anos. Se em 2016 existiam 1.622 cursos superiores na modalidade a distância, em 2019 esse número já atingia 4.529 cursos cadastrados no Ministério da Educação (MEC).
Em meio a tamanha oferta de cursos, os estudantes precisam de parâmetros para fazer uma boa escolha da graduação que pretendem seguir. Segundo um dos conselheiros da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) e mestre em Educação André Genesini, uma estratégia é conversar com ex-alunos e estudantes das instituições de interesse, além de consultar avaliações oficiais e independentes: “Buscar falar com pelo menos uns três ou quatro alunos que fizeram o curso que você pretende fazer para ter uma boa amostra. O Guia da Faculdade também é um local muito legal para ver a nota, a avaliação de cursos. E outro espaço muito importante é o MEC”.
Em relação às diferenças entre um curso presencial e a distância, André Genesini avalia que os dois pontos principais são a disponibilidade, do material e das aulas, e a autodisciplina exigida do aluno. “A principal diferença é a disponibilidade. Você pode fazer um curso a distância a hora que quiser, 24 horas por dia. Exatamente por isso tem gente que acha que vai ser mais fácil um curso a distância”, afirma André. Essa percepção, no entanto, é equivocada, pois a flexibilidade de horários deve ser acompanhada de disciplina e autogestão do estudante para que as matérias não se acumulem. “Se o aluno está fazendo o curso a distância achando que vai ser mais fácil, na verdade, vai ser mais difícil. Se você está disposto a estudar de verdade, tem muito mais acesso ao professor”, complementa.
Além disso, outra característica do ensino a distância é a adaptação que pode ocorrer diante dos diferentes perfis de alunos. “Tem aluno que prefere aprender lendo; outro, vendo um vídeo; e outro, ainda, interagindo com os colegas em grupo ou fazendo um trabalho prático. E um bom curso online deve ter ferramentas para todos os tipos de aprendizados, que atendam esses variados perfis de alunos”, analisa o conselheiro da Abed.
Os recursos tecnológicos – as chamadas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), que incluem materiais didáticos multimídia, com vídeos, áudios e infográficos – também são citados como um diferencial do ensino EAD por Petrilson Pinheiro, professor da Unicamp e coordenador do grupo de pesquisa do CNPQ Multiletramentos na Escola por Meio da Hipermídia. Petrilson, porém, afirma que os conteúdos multimídia devem ser explorados de modo mais intenso: “O simples uso de TICs no ensino pode não mais do que simplesmente replicar práticas tradicionais de ensino, como ainda acontece no contexto atual de pandemia, com videoaulas e testes online, que, de certa forma, replicam práticas de ensino tradicionais de sala de aula”.
Para o professor, as tecnologias devem ser empregadas de modo mais reflexivo e intenso: “Passamos a lidar com muito mais informação do que jamais poderíamos memorizar para uma simples avaliação. Por isso, mais do que fazermos nossos alunos decorarem conteúdo, precisamos elaborar avaliações que possam, de fato, avaliar a capacidade de busca e seleção de informação e, sobretudo, o pensamento crítico e criativo em relação a essa informação”.
Se você é da turma que prefere a flexibilidade e autonomia do ensino a distância, a gente te dá uma ajuda na busca por um bom curso apresentando a seguir as avaliações estreladas este ano no Guia da Faculdade em 11 áreas do EAD.