Avanço, mesmo com cenário de crise
- 1º CAIXA SEGURADORA
- 2º FAIRFAX BRASIL SEGUROS CORPORATIVOS
- 3º AIG SEGUROS BRASIL
Arrecadação total apresentou alta de 6,3% em 2017, na comparação com o ano anterior
Os anos de crise econômica fizeram o brasileiro se preocupar mais com a proteção do seu patrimônio. Dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) mostram aumento de 6,3% na arrecadação total do setor em 2017, na comparação com 2016. Para a diretora-presidente da Caixa Seguradora, Gabriela Ortiz, a experiência da companhia em seguros, associada à força e à capilaridade da rede, contribuiu para que a instituição liderasse novamente a categoria Seguradoras | Gerais do anuário Finanças Mais.
A Caixa Seguradora — sociedade entre o grupo francês CNP Assurances (52%) e a Caixa Econômica Federal (48%) — apresentou crescimento de 7,2% no lucro entre 2016 e 2017. Contando com produtos de previdência, capitalização, consórcio, saúde e odontológico, a companhia contabiliza 12,5 milhões de clientes. “Além de investir em produtos, apostamos em serviços que melhoram a experiência do cliente. As seguradoras precisam se reinventar de tempos em tempos. Em um setor com forte regulamentação, quem não inovar fica para trás. Por isso, hoje a inovação é nossa principal estratégia”, diz Gabriela.
De acordo com a executiva, somando todos os ramos, o faturamento registrou R$ 6,1 bilhões. “Além disso, continuamos como uma das empresas mais rentáveis do mercado, com rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio de 46,1%. Encerramos 2017 com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão.”
Entre os produtos que apresentaram maior destaque em 2017, Gabriela aponta áreas como a do seguro hipotecário, prestamista (que garante a quitação ou amortização de dívidas vinculadas a operações de crédito ou financiamento, em caso de desemprego, morte ou invalidez total ou permanente por acidente do segurado), de vida e residencial.
Para 2018, a expectativa da companhia é seguir em processo de expansão. “O mercado segurador ainda tem muito potencial de crescimento. Buscamos contribuir para simplificar o acesso aos produtos de seguros e para melhorar, a cada dia, a experiência dos clientes nesse segmento”, afirma.
Em segundo lugar na categoria Seguradoras | Gerais do anuário Finanças Mais, a Fairfax Brasil Seguros Corporativos contabiliza R$ 650 milhões na carteira de investimentos e tem volume de prêmio estimado em R$ 600 milhões. A companhia atua no ramo de grandes riscos e tem percebido um bom desempenho em áreas como garantia judicial, principalmente para empresas com alto índice de endividamento, e no ramo agrícola, setor em forte expansão no mercado nacional. “Para os próximos anos, vejo a possibilidade de criar companhias isoladas e com especialização dentro da Fairfax, a fim de atuar em nichos de mercado”, diz o presidente Bruno Camargo.
De acordo com o executivo, a instituição começa a entrar em produtos de afinidade em linhas pessoais, como residencial, vida e acidentes pessoais. “Começamos a atuar neste segmento em 2018 e ele ainda representa faturamento pequeno, cerca de R$ 15 milhões. Mas a ideia é chegar entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões nos próximos dois ou três anos”, afirma Camargo. A Fairfax tem, atualmente, cerca de 5 mil clientes.
Em terceiro lugar na categoria Seguradoras | Gerais do anuário Finanças Mais está a AIG Seguros Brasil, que em 2017 emitiu R$ 592 milhões em prêmios, alta de 8% em relação ao ano anterior, com lucro de R$ 88 milhões. “É um resultado bastante significativo, considerando a situação financeira do País”, diz o presidente da companhia, Fábio Oliveira.
Para ele, produtos voltados a riscos cibernéticos, ainda novidade no mercado brasileiro, mas um segmento já forte em outros países, além de opções voltadas para pequenas e médias empresas (PME), são alguns dos que têm ganhado destaque na instituição. “O seguro para PME ainda é pequeno no Brasil e menos de 10% dessas empresas têm esse produto. Mas em países desenvolvidos varia entre 40% e 50%. Há um potencial grande também para esse mercado”, diz Oliveira.
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