Análise com objetividade

Saiba como é a metodologia Quadrante de Impacto-Estadão (QI-Estadão), desenvolvida com exclusividade pela FIA e que pelo terceiro ano consecutivo identifica as empresas brasileiras de maior impacto em seus setores de atuação

Definir as empresas mais importantes não é exatamente uma tarefa simples. Para chegar a um ranking claro e objetivo, é necessário reunir bases de informações históricas, consolidar dados, ponderar os critérios mais relevantes e, então, encontrar aquelas que não apenas são as maiores, mas também trazem melhor desempenho e consistência de resultados nos últimos quatro anos. Para formular essa receita, O Estado de S. Paulo contou com a valiosa parceria da Fundação Instituto de Administração (FIA), da Agência Broadcast e da Austin Rating, agência classificadora de riscos. Misturando as especialidades de cada um desses parceiros, foi possível estabelecer não apenas o ranking das 1.500 maiores empresas do Brasil, mas também aquelas que mais impactam seus setores, as chamadas companhias de alto impacto.

Assim, as instituições que se destacam no ranking QI são as maiores e as de mais alto desempenho econômico em 2016. A métrica de avaliação para cada empresa é o Coeficiente de Impacto Econômico (CIE), que é a ponderação de duas métricas com escala de 0 a 100:

Porte: indica a dimensão da empresa no seu respectivo setor, derivada de tratamento
matemático aplicado às suas receitas e ativos;

Desempenho: aponta o desempenho econômico da empresa no seu respectivo setor, derivado de tratamento matemático aplicado ao retorno sobre os ativos e à taxa anual de crescimento das receitas.

Quadrante de alto impacto

O gráfico abaixo ilustra a distribuição das cerca de 100 empresas mais impactantes analisadas em termos de porte e desempenho. A maior área destacada no canto superior direito do gráfico seleciona as corporações com coeficiente de impacto maior ou igual a 80.

As empresas avaliadas podem ter variações sensíveis em seu desempenho de um período para outro, o que se reflete em variações nos indicadores para as quatro dimensões referidas. Por este motivo, para os indicadores referentes a ativo, receitas, retorno sobre ativos e crescimento já expressos em centis, a metodologia prevê o cálculo da média ponderada dos valores obtidos para os últimos três anos, incorporando desta forma a consideração histórica sobre cada um deles, provendo consistência temporal aos mesmos.

Base de dados

Foram utilizadas duas fontes de dados de empresas abertas e fechadas que atuam no mercado brasileiro, divididas em 22 segmentos econômicos:

1 Base de dados da Austin Rating;
2 Informações de balanço fornecidas diretamente pelas empresas

É importante reforçar que, para efeito do ranking estabelecido pelo QI-Estadão, só foram consideradas companhias que possuíam todos os dados necessários dos últimos quatro anos – com informações de desempenho dos anos de 2013 a 2016. Assim, é possível avaliar a consistência dos resultados no decorrer do tempo.

A categorização das empresas por setores foi efetuada de acordo com a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) do IBGE, sendo associadas a cada um dos grupos. Esse critério, entre outros pontos importantes, agrupa empresas que atuam dentro de perfis de tributação semelhantes. Para melhor enquadramento, foram efetuados filtros na base de dados das empresas, procurando congregar da maneira mais coerente possível. Foram também desconsideradas companhias com faturamento anual inferior a R$ 100 milhões, aquelas que não tinham informações completas nos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016. Também foram descartadas instituições com receitas ou ativos negativos ou cujo EBITDA negativo seja em termos absolutos maior do que o ativo.