As distribuidoras de títulos e valores mobiliários (mais conhecidas pela sigla DTVM no jargão do setor financeiro) são as empresas autorizadas pelo Banco Central a atuar nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial para intermediar a negociação de títulos e valores mobiliários – como cotas de fundos de investimento e ações – entre investidores e tomadores de recursos.

As DTVMs mais bem classificadas no ranking de Finanças Mais conseguiram registrar em 2016 melhora no desempenho em praticamente todos os principais indicadores dos balanços. Lucro, receita com serviços e ativos totais caminharam na mesma direção e subiram na comparação com 2015.

A Itaú DTVM, primeira do ranking, foi a que apresentou a maior variação percentual em termos de ativo total, com R$ 2,148 bilhões em 2016, avanço de 88% sobre 2015. A receita com serviços obtida pela DTVM do banco Itaú também registrou salto expressivo, de 22% na mesma base de comparação, para R$ 60 milhões. Já o patrimônio líquido (PL) fechou 2016 a R$ 639 milhões, 17% superior ao registrado em dezembro de 2015. O resultado final da operação da Itaú DTVM foi um lucro líquido de R$ 133 milhões, avanço de 20,8% sobre 2015.

“Tivemos excelente começo de ano em 2017, com mais recursos entrando na carteira, com a linha pessoa jurídica e instituições em alta” – Carlos André, diretor da BB DTVM

Na J.P. Morgan DTVM, segunda colocada, o lucro líquido subiu 14% entre 2015 e 2016, para R$ 88 milhões. Todos os principais indicadores do balanço, na mesma base de comparação, registraram melhora no desempenho: ativo total de R$ 965 milhões (4,32% maior), receita com serviços de R$ 43 milhões (ganho de 16,2%) e PL de R$ 398 milhões (variação de 23,9%).

 

Já na BB DTVM, terceira da lista, 2016 fechou com estabilidade em dois indicadores na comparação anual, com ativo total de R$ 1,263 bilhão e patrimônio líquido de R$ 132 milhões. A receita com serviços da BB DTVM, contudo, registrou alta de 10%, para R$ 1,65 bilhão. “A carteira cresceu, apesar do cenário macroeconômico ruim, em parte pela estratégia do nosso principal distribuidor, o Banco do Brasil, de privilegiar a oferta de produtos de investimento que representam receita com tarifas”, diz Carlos André, diretor executivo responsável pela gestão de fundos, destacando alta de 33,4% no volume de fundos da previdência, a R$ 198 bilhões.
O ano de 2017, pelos dados iniciais, promete ser ainda melhor. “Tivemos excelente começo de ano, com mais recursos entrando na carteira, com a linha pessoa jurídica e instituições em alta”, comenta André. O lucro líquido da BB DTVM fechou 2016 a R$ 807,9 milhões, ganho de 4,4% em relação a 2015.

 

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