O setor automotivo amargou queda de 20% nas vendas de veículos novos em 2016. Para driblar esse cenário, seguradoras que comercializam coberturas para automóveis adotaram estratégias diferenciadas e fecharam o ano com redução de apenas 2,5% no prêmio total. Algumas conseguiram até registrar expansão. É o caso da Tokio Marine, que apresentou crescimento de 7% no número de prêmios.

Primeiro lugar no ranking da categoria seguradoras/auto de Finanças Mais, a Tokio Marine focou sua estratégia em novos itens para atrair um público que ainda não tem seguro. “Produtos populares com preços menores são alguns diferenciais”, diz Marcelo Goldman, diretor executivo de produtos massificados da Tokio Marine.

Goldman explica que a companhia tem hoje quatro seguros para automóveis: o tradicional; o clássico, com menos coberturas e custo até 6% menor; roubo e rastreador, que começou a ser comercializado em 2016 e pode custar até 50% menos; e o seguro popular para carros acima de cinco anos, que prevê emprego de peças usadas e não originais.

“Nossa estratégia é ter mais opções, baixa reclamação de consumidores e qualidade nos serviços” – Marcelo Goldman, diretor da Tokio Marine

“Nossa estratégia é ter mais opções, baixa reclamação de consumidores e qualidade nos serviços” – Marcelo Goldman, diretor da Tokio Marine

Em 2011, a Tokio Marine tinha 3% de participação de mercado, que subiu para 8,9% em 2017. Goldman atribui a expansão a três fatores: qualidade, serviços e novos corretores: “Até cinco anos atrás tínhamos 7 mil corretores cadastrados. Hoje são 23 mil profissionais”.

A segunda colocada no ranking de Finanças Mais é a Indiana Seguros. Em 2016, a companhia emitiu R$ 166,57 milhões em prêmios e registou lucro líquido de R$ 23,45 milhões, R$ 586,6 milhões em ativos e patrimônio líquido de R$ 218 milhões.

Fechando o ranking das três principais seguradoras está a Itaú. “Em 2016, a crise afetou as vendas e houve leve alta na sinistralidade”, diz Vicente Lapenta, superintendente da empresa. Em 2017, a expectativa da Itaú é crescer 8%. Para tanto, criou produtos de entrada para quem não tem seguro, como o modelo auto roubo. “Houve aquecimento na venda de seguros para carros usados e nossa expectativa é que, em 2017, haja reaquecimento na venda de seguros para carro zero”, avalia Lapenta. A Itaú Auto e Residencial integrou-se à Porto Seguro em 2009 e também detém a bandeira Azul Seguros.

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